Pequim, 10 mai (EFE).- O índice de preços ao consumidor (IPC) na China registrou um aumento de 2,3% anualizado em abril, o mesmo número do mês anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país asiático.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a evolução da inflação no atacado, caiu 3,4% em estimativa anual, em comparação com a queda de 4,3% registrada em março, o que representa sua menor redução nos últimos 18 meses.
O IPC continuou sem mudanças em relação aos índices registrados em fevereiro e março e se mantém em seu nível mais alto em quase dois anos, desde maio de 2014, impulsionado pelo encarecimento dos alimentos, especialmente a carne de porco.
A inflação no setor alimentício ficou em 7,4%, dois décimos a menos que em abril, devido ao empurrão dado pela elevação nos preços da carne suína (33,5%), cinco pontos a mais que o aumento registrado no mês anterior (28,4%), e compensado por um crescimento mais moderado no preço das verduras (22,6%).
O analista do Escritório Nacional de Estatísticas da China, Yu Qiumei, atribuiu o encarecimento da carne de porco à escassez de oferta e explicou que, apesar de o preço das verduras ter caído 12,5% em abril com relação a março, seus valores continuam sendo muito superiores aos registrados há um ano.
Além disso, a manutenção do IPC na China também refletiu os índices de preços dos produtos não alimentícios, que cresceram até 1,1%, um décimo a mais que em março.
Em comparação mensal, a inflação no país asiático caiu dois décimos em abril com relação a março, quando a queda frente ao mês anterior foi de 0,4%.
Além disso, o IPP, que em abril registrou seu 50º mês consecutivo em deflação, suavizou sua queda pelo quinto mês seguido e registrou a menor baixa do último ano e meio.
Em cinco meses, o indicador da variação de preços por atacado passou de uma deflação de 6,9%, em estimativa anual, para 3,4%, um reflexo da recuperação nos preços das matérias-primas e das medidas de Pequim para combater os problemas crônicos de excesso de capacidade produtiva no país.