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Gasolina e energia recuam e IPCA cai 0,21% em novembro, maior deflação para o mês em 24 anos

Publicado 07.12.2018, 10:18
Atualizado 07.12.2018, 10:18
© Reuters. Consumidora faz compras em mercado no Rio de Janeiro

© Reuters. Consumidora faz compras em mercado no Rio de Janeiro

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil registrou a maior deflação para o mês de novembro em 24 anos graças à queda dos preços principalmente de Habitação e Transportes e caminha para encerrar o ano com a inflação abaixo do centro da meta, favorecendo a visão de que o Banco Central deve demorar para elevar os juros.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve em novembro queda de 0,21 por cento, ante alta de 0,45 por cento no mês anterior, de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Trata-se da maior queda do indicador desde junho de 2017 (-0,23 por cento), e a menor taxa para um mês de novembro desde a implantação do Plano Real, em 1994. O recuo também foi mais acentuado do que a expectativa mediana na pesquisa da Reuters com especialistas de queda de 0,10 por cento.

No acumulado em 12 meses até novembro, o IPCA tem alta de 4,05 por cento, resultado mais fraco desde maio, ante avanço de 4,56 por cento em 12 meses até outubro. Com isso, o índice recuou abaixo do centro da meta de inflação --de 4,50 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Os analistas consultados na pesquisa da Reuters esperavam alta de 4,19 por cento em 12 meses, na mediana das projeções.

"Para ficar no centro da meta, o IPCA de dezembro teria que ficar em 0,88 por cento --uma taxa fora do padrão dos últimos dois anos. Para dezembro não há pressões tão intensas previstas", disse o gerente da pesquisa no IBGE, Fernando Gonçalves.

Neste final de ano, o alívio nos preços de combustíveis e das tarifas de eletricidade aliadas ao desemprego ainda alto e atividade ainda em ritmo fraco favorecem a manutenção do cenário de pressões inflacionárias contidas.

O destaque em novembro ficou para as queda de 0,74 por cento de Transportes e de 0,71 por cento de Habitação, após altas respectivamente de 0,92 e 0,14 por cento no mês anterior.

O recuo de 2,42 por cento nos preços dos combustíveis deu a maior contribuição para o resultado de Transportes, com a gasolina ficando em média 3,07 por cento mais barata.

A Petrobras (SA:PETR4) reduziu ao longo de novembro o preço médio da gasolina nas refinarias em quase 20 por cento, para 1,5007 real por litro, refletindo o tombo do petróleo no mercado internacional.

Em Habitação, a energia elétrica, com queda de 4,04 por cento, deu a maior contribuição negativa no IPCA de novembro, com a entrada em vigor a partir de 1º de novembro da bandeira tarifária amarela, o que significa redução de custos para os consumidores frente aos cinco meses anteriores.

Na outra ponta, Alimentação e Bebidas exerceu a maior pressão de alta, embora o avanço tenha desacelerado a 0,39 por cento, de 0,59 por cento em outubro.

"A alimentação impediu uma queda mais forte em novembro por conta de tomate, batata, cebola e hortaliças. Questões climáticas afetaram a oferta desses produtos", disse Gonçalves.

© Reuters. Consumidora faz compras em mercado no Rio de Janeiro

O BC volta a se reunir na próxima semana para discutir a taxa básica de juros, já tendo indicado que não há urgência para elevar a Selic.

A expectativa no mercado é de manutenção da Selic no atual patamar de 6,5 por cento, com a pesquisa Focus do BC mostrando que em 2019 ela deve terminar a 7,75 por cento. O levantamento mostra ainda que os economistas veem o IPCA encerrando este ano com alta de 3,89 por cento.

No próximo ano o BC passará a ser comandado por Roberto Campos Neto, indicado pelo governo Bolsonaro para substituir Ilan Goldfajn.

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