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IPCA: Mercado espera aceleração da inflação com alta de combustíveis

Publicado 10.10.2023, 11:51
Atualizado 10.10.2023, 12:01
© Reuters

Investing.com – A pressão nos preços dos combustíveis deve ser um fator de destaque na divulgação da inflação brasileira de setembro, segundo especialistas consultados pelo Investing.com Brasil.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta quarta-feira, 11. A estimativa consensual é de que o avanço mensal seja de 0,34%, levando o indicador a 5,27%. Em agosto, a variação foi de 0,23%, com inflação em doze meses a 4,61%.

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O IPCA-15, que é considerado a prévia do indicador oficial, subiu 0,35% em setembro, com maior impacto vindo do grupo de transportes, principalmente devido à alta da gasolina.

O que projetam os analistas

A Daycoval Asset espera 0,35% na variação mensal, com preços livres estáveis e alta nos administrados. Segundo o economista-chefe Rafael Cardoso, enquanto alimentação no domicílio e bens industriais dão um alívio, a inflação de serviços deve vir um pouco mais alta, ainda que haja itens voláteis, como passagens aéreas. A gasolina deve subir mais de 4%, em sua visão, devido ao reajuste.

No cenário da Daycoval Asset, com essa tendência, o IPCA deve fechar o ano em 4,8% e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter o ritmo de cortes na taxa de juros, com Selic a 11,75%. “Serviços devem ser resilientes e administrados fortes”, espera o economista, que pondera sobre um possível aumento da agressividade nos cortes no futuro, ainda que o momento atual pareça conturbado.

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A economista e consultora financeira Marcela Kawauti espera uma alta de 0,37%, aceleração frente ao mês passado, após reversão de tendências positivas nos combustíveis e depreciação do real.

“Desde que o Banco Central começou a diminuir os juros, passou a ter uma desconfiança em relação ao cumprimento da regra fiscal e agora com o Banco Central americano, o Federal Reserve, todos os dados estão apontando para, talvez, uma nova elevação ou a manutenção de juros altos num tempo muito longo por lá. Temos visto real depreciar, então isso também tem um repasse para o consumidor importante”.

A economista demonstra receio sobre a trajetória da inflação de serviços, que possui um efeito secundário, segundo ela. “Existe o que a gente chama de inflação inercial, porque acaba sendo repassado lá para frente, quando os preços de serviços sobem. Você tem um repasse para o geral da economia muito forte”.

A economista tem uma visão mais pessimista sobre eventuais revisões para a trajetória da taxa de juros diante do quadro inflacionário. Haveria um limite para a diminuição da Selic: a situação fiscal brasileira. A economista avalia o novo arcabouço fiscal como pior do que a regra anterior e acha difícil o governo zerar o déficit no ano que vem.

Assim, o IPCA deve terminar o ano próximo de 5,10%, com novos cortes em meio ponto no Copom, em sua visão, acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “O BC não tem tanto conforto para baixar juros. A trajetória de convergência da meta acaba ficando mais lenta do que o BC gostaria. O mercado pode até começar a revisar para cima aquelas expectativas de 9% no ano que vem”.

João Savignon, head de pesquisa macroeconômica da Kínitro, espera uma elevação mensal de 0,29% e afirma que os núcleos devem ser monitorados de perto pelo Banco Central.

Do lado positivo, ele concorda que os preços de bens industriais passam por deflação e também há diminuição de pressão em alimentação no domicílio. Segundo o especialista, o indicador deve ter uma abertura benigna, apesar de um número mais alto em serviços. “São itens mais voláteis, como passagens aéreas. Núcleos e outras medidas subjacentes seguem em uma dinâmica favorável, o que reforça tendência de curto prazo mais positiva da inflação do país e o plano de voo do BC para o ciclo de cortes fica mantido”.

Além da reversão da queda de passagens aéreas, os aluguéis de condomínios também devem afetar o indicador para cima. O especialista concorda com a visão mais pessimista de que dificilmente o Copom vai acelerar o ritmo de cortes na Selic, diante dos últimos comunicados.

As atenções se voltam, a partir de agora, para o preço do petróleo, devido à escalada das tensões geopolíticas. Para o ano que vem, além disso, a Kínitro olha de perto a situação do El Niño e se a intensidade pode impactar preços de alimentos e, por consequência, a inflação.

Com política monetária em foco, entenda o conceito de juro neutro, utilizado pelo BC - e revisado para cima

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