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IPCA desacelera e sobe menos que o esperado em novembro; alimentos e combustíveis pesam

Publicado 09.12.2022, 09:03
Atualizado 09.12.2022, 10:10
© Reuters. Posto de combustível no Brasil. REUTERS/Adriano Machado
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Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A inflação ao consumidor do Brasil desacelerou e ficou abaixo do esperado em novembro, com a taxa acumulada em 12 meses abaixo de 6%, porém pressionada pelos preços de combustíveis e alimentos.

Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,41%, contra 0,59% em outubro, mostraram nesta sexta-feira dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Depois de três meses de queda, a inflação voltou a pesar nos bolsos dos brasileiros em outubro, e indica que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deverá assumir em janeiro com o estouro da meta para o IPCA de pano de fundo.

A inflação em 12 meses até novembro perdeu força ao registrar taxa de 5,90%, contra 6,47% no mês anterior, primeira vez que fica abaixo de 6% desde fevereiro de 2021 (+5,20%).

No entanto, segue persistentemente acima do teto da meta, cujo centro é de 3,5% para este ano, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Segundo o IBGE, o IPCA precisaria registrar deflação de 0,13% em dezembro para terminar 2022 dentro da meta.

"Dezembro costuma ser um mês de inflação mais alta por conta de demanda de fim de ano e pela sazonalidade dos alimentos", explicou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Os resultados foram mais fracos do que as expectativas em pesquisa da Reuters de altas de 0,53% na comparação mensal e de 6,01% em 12 meses.

Em novembro, sete dos nove grupos pesquisados apresentaram alta dos preços. Os maiores impactos vieram de Transportes (0,83%) e de Alimentação e bebidas (0,53%), sendo que os dois grupos juntos contribuíram com cerca de 71% do IPCA do mês.

A maior variação, no entanto, foi registrada por Vestuário (1,10%), marcando o quarto mês seguido com alta superior a 1%.

COMBUSTÍVEIS

De acordo com o IBGE, o resultado de Transportes foi provocado, principalmente, pelo aumento de 3,29% dos combustíveis, depois de recuo de 1,27% em outubro.

Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro, mas gás veicular teve queda de 1,77%.

Em Alimentação e bebidas, os maiores responsáveis pela alta foram os alimentos para consumo no domicílio (0,58%), com destaque para o comportamento dos preços da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%).

A inflação de serviços, por sua vez, desacelerou com força a 0,13% em novembro, depois de uma taxa de 0,67% no mês anterior, mas ainda acumula em 12 meses alta de 7,95%, resultado associado à demanda reprimida por conta da pandemia, segundo Kislanov.

Os dados do IBGE mostraram ainda que a difusão, que mostra o espalhamento das variações de preços, caiu a 59% em novembro, de 68% em outubro, marcando o patamar mais baixo desde agosto de 2020 (55,17%).

“Houve queda de fato em itens de TV, som e informática, higiene e limpeza por conta da Black Friday, o que pode ter ajudado no recuo da difusão", disse Kislanov.

© Reuters. Posto de combustível no Brasil. REUTERS/Adriano Machado

O Banco Central decidiu na quarta-feira manter a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano pela terceira vez consecutiva, e elevou suas projeções para a inflação no encerramento de 2022, 2023 e 2024.

A autoridade monetária informou que, em seu cenário de referência, as estimativas para a inflação estão em 6,0% para 2022 (contra 5,8% na reunião anterior), 5,0% em 2023 (contra 4,8% antes) e 3,0% em 2024 (ante 2,9%).

Pesquisa Focus realizada pelo BC com uma centena de economistas mostra que a expectativa do mercado é de que a inflação encerre este ano a 5,92% e o próximo, a 5,08%.

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