TÓQUIO (Reuters) - O governo japonês manteve sua avaliação de que a economia está se recuperando moderadamente, embora tenha reiterado a necessidade de prestar atenção aos possíveis riscos econômicos globais e à volatilidade do mercado financeiro.
"A economia deve continuar a se recuperar em um ritmo moderado com a melhora da situação do emprego e da renda", disse o Escritório do Gabinete em seu relatório mensal de outubro, deixando a avaliação inalterada pelo terceiro mês consecutivo.
O relatório foi divulgado após as eleições gerais de domingo, nas quais o bloco governista do Japão, liderado pelo Partido Liberal Democrático, perdeu sua maioria, complicando as perspectivas para a taxa de juros e a política fiscal.
O relatório mensal identificou taxas de juros mais altas nos EUA e na Europa e a estagnação do mercado imobiliário chinês como riscos negativos para a economia japonesa. As consequências dos conflitos no Oriente Médio e a inflação do Japão também devem ser observadas, segundo o relatório.
Em grande parte, o governo manteve sua opinião sobre outros subsetores da economia, com exceção da produção industrial, que foi rebaixada para ser descrita como "estável recentemente", em vez de "mostra movimentos de aceleração".
Foi a primeira revisão para baixo na produção industrial em oito meses, e o relatório disse que o setor deve se recuperar, embora o impacto dos riscos de uma desaceleração econômica no exterior precise ser monitorado.
O consumo privado, que responde por mais da metade da produção econômica, continuou a mostrar sinais de aceleração, já que a demanda por veículos novos e eletrodomésticos está melhorando, disse o governo. O investimento empresarial também está se recuperando, e a avaliação das empresas sobre as condições atuais de negócios está melhorando.
O relatório foi apresentado nesta terça-feira em uma reunião de ministros e do presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda.
O banco central japonês realizará sua reunião de política monetária nesta semana, encerrando na quinta-feira. Uma pequena maioria de economistas em uma pesquisa da Reuters espera que o banco central mantenha sua política monetária atual e não aumente a taxa de juros novamente este ano.
(Reportagem de Satoshi Sugiyama)