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Juros: Taxas caem com aposta em diluição da PEC e Lei de Estatais emperrada

Publicado 15.12.2022, 15:54
Juros: Taxas caem com aposta em diluição da PEC e Lei de Estatais emperrada

Os juros futuros tiveram alívio nos prêmios de risco nesta quinta-feira, 15. Após uma sequência firme de alta nos últimos dias, as taxas fecharam em queda, em correção amparada no noticiário de Brasília, dada a expectativa de ajustes fiscais na PEC da Transição e de que a Lei das Estatais possa subir no telhado no Senado. O exterior contribuiu para o ajuste, com fechamento das curvas após dados fracos de atividade nos EUA e sinalizações dos bancos centrais na Europa de mais elevações de juros nos próximos meses.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 fechou em 13,90%, de 14,06% e 14,00% ontem no ajuste e fechamento, e a do DI para janeiro de 2025, em 13,59%, de 13,84% ontem no ajuste e 13,64% no fechamento. O DI para janeiro de 2027 fecha com taxa de 13,36%, de 13,62% ontem no ajuste e 13,45% no fechamento.

Sinais de que a PEC da Transição não será votada enquanto não tiver diluição extra responderam por boa parte do ajuste das taxas. Analistas políticos da Warren Renascença relataram nesta tarde que lideranças do Centrão continuavam pressionando para desidratar o texto seja no valor (R$ 145 bilhões), seja no prazo (2 anos), seja nos penduricalhos (R$ 60 bilhões). "O jogo está pesado nos bastidores. E, como temos sinalizado esses pontos, se não forem para o relatório, devem ir a voto. Sobre a informação de que 'setores do PT já descartam a PEC', isso não representa a totalidade do partido", disseram os profissionais, cuja expectativa é de que a PEC seja votada hoje ou terça-feira com tendência de ser desidratada.

Segundo apurou o Broadcast Político, setores do PT já começam a descartar a PEC. O futuro líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), chegou a afirmar que "se não votar hoje, não tem PEC". Sem a proposta, Lula precisaria editar uma Medida Provisória em janeiro.

A gestora de renda fixa da MAG Investimentos, Patricia Pereira, vê o ritmo lento das negociações na Câmara bastante ligado ao desenrolar do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade do orçamento secreto. "O tom do voto da Rosa Weber foi bastante duro e se o orçamento for declarado inconstitucional é possível que haja algum ajuste para contemplar essas demandas de outra forma, talvez na própria PEC, o que exigirá a volta do texto para o Senado", disse.

Já o projeto que altera a Lei das Estatais, votado e aprovado às pressas pela Câmara na terça (13) à noite para acomodar a ida do ex-ministro Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES, não deve ter a mesma celeridade no Senado, dada a falta de acordo. No fim da tarde, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que o projeto não será votado hoje e não tem data definida para ir a plenário, sinalizando que pode ficar para 2023.

Pereira, da MAG, classifica o movimento de hoje na curva mais como "tático", não como tendência, estimulado pela escalada das taxas nos últimos dias. "A semana foi muito pesada, com Haddad, Galípolo, Mercadante, Lei das Estatais, e hoje o mercado aproveita para bater, mas o pano de fundo não mudou", afirma.

Na agenda, o Relatório de Inflação (RI) foi considerado "mais do mesmo" em relação ao que havia trazido a ata do Copom em termos de política monetária. Na entrevista para comentar o documento, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que a citação da importância do parafiscal na última comunicação do Copom foi em "tom de alerta". "E obviamente quando os efeitos chegam às expectativas, nós precisamos agir", disse. Esclareceu ainda que a importância do parafiscal citada pelo Copom diz respeito à quantidade de crédito subsidiado no mercado, "que, se voltar uma massa grande de crédito subsidiado, isso pode elevar juro neutro e reduzir potência de política monetária", destacou.

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