SÃO PAULO (Reuters) - O mercado voltou a reduzir a perspectiva para a inflação neste ano na pesquisa Focus do Banco Central, depois de a autoridade monetária afirmar que a inflação deve ter seu pico no segundo trimestre de 2019.
A pesquisa divulgada nesta segunda-feira mostrou que a expectativa agora é de uma inflação de 4,23 por cento neste ano, contra 4,40 por cento previstos anteriormente, com as contas para a alta dos preços administrados caindo a 7,48 por cento, de 7,55 por cento.
Para 2019, a projeção de alta do IPCA sofreu apenas ajuste para baixo de 0,01 ponto percentual, a 4,21 por cento, com a expectativa para os administrados permanecendo de avanço de 4,80 por cento.
O centro da meta oficial para este ano é de 4,50 por cento e, para 2019, de 4,25 por cento. A margem de tolerância para ambos os anos é de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Na semana passada, o BC apontou na ata de sua última reunião que a inflação acumulada em 12 meses deve se elevar até atingir um pico por volta do segundo trimestre de 2019, recuando então em direção à meta ao longo do próximo ano.
Em outubro, o IPCA subiu 0,45 por cento, a maior taxa para o período em três anos, e foi a 4,56 por cento no acumulado em 12 meses.
A perspectiva para o dólar no Focus permaneceu em 3,70 reais em 2018, mas para o ano que vem caiu a 3,76 reais, de 3,80 reais.
Já em relação à economia, o levantamento aponta que as contas para Produto Interno Bruto (PIB) continuam sendo de uma expansão de 1,36 por cento e 2,50 por cento respectivamente em 2018 e 2019.
A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que não mudou a perspectiva de que a Selic terminará este ano a 6,5 por cento e 2019 a 8 por cento. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, consideram que a taxa básica de juros ficará respectivamente em 6,5 e 7,5 por cento.