SÃO PAULO (Reuters) - Em meio ao debate sobre a futura trajetória da taxa básica de juros da economia, economistas apostam em inflação cada vez mais baixa, mas sem contrapartida de um forte avanço da economia nos próximos anos, segundo pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com mais de 100 instituições.
O IPCA, que baliza a meta de inflação perseguida pelo Banco Central, deve terminar o ano a 3,89 por cento, abaixo do centro da meta de 4,5 por cento prevista para 2018, com intervalo de 1,5 ponto percentual. Há quatro semanas, a previsão para o indicador era de 4,4 por cento.
A projeção para o índice em 2019 caiu a 4,11 por cento, ante 4,22 por cento há quatro semanas e, para 2021, recuou a 3,78 por cento dos 3,97 por cento esperados há quatro semanas. As estimativas para 2020 permaneceram estáveis a 4 por cento.
Para a Selic, as projeções se mantiveram inalteradas em 6,50 por cento para este ano, 7,75 por cento para 2019 e 8 por cento um ano depois.
Ao mesmo tempo, o Produto Interno Bruto deve crescer 1,32 por cento neste ano, segundo os consultados, um recuo em relação aos 1,39 por cento estimado na semana anterior.
A economia brasileira cresceu 0,8 por cento no terceiro trimestre, com o avanço de serviços, consumo e investimento, com o melhor ritmo desde o início do ano passado, em uma reação às dificuldades do trimestre anterior causadas pela greve dos caminhoneiros.
A perspectiva para a cotação do dólar subiu levemente na pesquisa desta semana em relação ao levantamento anterior, tanto para este quanto para o próximo ano de 3,70 reais para 3,75 reais, em 2018, e 3,80 reais ante 3,78 reais para 2019.