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Número de desocupados salta mais de 30% e desemprego vai a 8,9% no 3º tri, mostra Pnad Contínua

Publicado 24.11.2015, 10:15
© Reuters. Fila para preenchimento de ficha para vagas de emprego em São Paulo

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A parcela da população brasileira que está em busca de um emprego cresceu a uma taxa recorde no terceiro trimestre deste ano, comparada com igual período de 2014, e chegou perto de 9 milhões de pessoas, com a recessão no país provocando maior busca por vagas e perdas de rendimento.

No trimestre passado, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a população desocupada --aqueles que tomaram alguma providência para conseguir trabalho, saltou 33,9 por cento em relação ao terceiro trimestre de 2014, recorde para a série iniciada em 2012, o que significa 2,274 milhões de pessoas a mais procurando uma vaga, somando ao todo 8,979 milhões.

Em relação ao segundo trimestre, o aumento foi de 7,5 por cento, ainda segundo a Pnad Contínua, divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Diante desse cenário, a taxa de desemprego medida pelo levantamento subiu a 8,9 por cento no trimestre passado, renovando o maior patamar histórico pela quinta vez seguida na pesquisa.

No segundo trimestre deste ano, a taxa havia ficado em 8,3 por cento, chegando a 8,7 por cento no trimestre até agosto. A leitura também mostrou forte piora em relação ao terceiro trimestre do ano passado, quando o desemprego estava em 6,8 por cento.[nL1N1100JZ]

"As pessoas estão perdendo emprego e tentando se realocar. Há uma dificuldade para se recolocar no mercado", disse o coordenador da pesquisa no IBGE, Cimar Azeredo.

A expectativa em pesquisa da Reuters junto a economistas era de que o desemprego chegasse a 8,9 por cento no terceiro trimestre.

Neste ano o mercado de trabalho não vem conseguindo gerar vagas, ao mesmo tempo em que enfrenta aumento da procura por trabalho num ambiente de inflação e juros elevados que provoca insegurança nos empresários.

Ainda segundo a Pnad Contínua, a população ocupada registrou queda de 0,1 por cento nos três meses até setembro sobre o trimestre anterior, atingindo 92,090 milhões de pessoas, e recuo de 0,2 por cento sobre o mesmo trimestre de 2014.

O IBGE adota a comparação com o trimestre imediatamente anterior ao período anunciado para evitar repetição de dados.

O nível de ocupação, que mede a parcela da população ocupada em relação àquela em idade de trabalhar, caiu a 56 por cento no trimestre até setembro, contra 56,2 por cento nos três meses até junho.

Em relação à renda média real habitual, houve recuo de 1,2 por cento no terceiro trimestre sobre o segundo, e estável sobre o mesmo período de 2014, para 1.889 reais.

Diante da recessão no país, agravada por indefinições fiscais e crise política afetam as decisões de investimento, nem mesmo o período de fim de ano deve dar algum alento.

"Até a virada do ano ainda tende a piorar. O comércio, de onde vem a maioria das contratações temporárias no Natal, está muito fraco e não deve haver melhora como em outros anos", disse a economista da CM Capital Markets Jessica Strasburg.

Pesquisa Focus do Banco Central junto a uma centena de especialistas aponta que a contração do Produto Interno Bruto (PIB) projetada para este ano é de 3,15 por cento e de 2,01 por cento em 2016.

© Reuters. Fila para preenchimento de ficha para vagas de emprego em São Paulo

Na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE, que leva em conta dados apurados apenas em seis regiões metropolitanas do país e será substituída pela Pnad Contínua no começo do próximo ano, a taxa de desemprego chegou em outubro a 7,9 por cento, maior nível para o mês desde 2007.[nL1N13E0LN]

(Edição de Patrícia Duarte)

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