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OCDE vê retomada limitada do crescimento por altas de juros; melhora previsão para o Brasil

Publicado 07.06.2023, 07:36
Atualizado 07.06.2023, 08:05
© Reuters. Sede da OCDE em Paris
03/09/2009. REUTERS/Charles Platiau/File Photo

Por Leigh Thomas

PARIS (Reuters) - O crescimento econômico global aumentará apenas moderadamente no próximo ano, à medida que os efeitos totais dos aumentos das taxas de juros forem sentidos, disse a OCDE nesta quarta-feira, a mais recente instituição a alertar para o impacto do aperto monetário.

A economia mundial deve crescer 2,7% este ano, disse a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), acima de sua previsão anterior de 2,6%, feita em março.

Embora impulsionado pelo fim da política de Covid-zero na China, essa seria a taxa anual mais baixa desde a crise financeira global de 2008-2009, com exceção do ano de 2020, ano marcado pela pandemia, disse a organização com sede em Paris.

O crescimento vai então acelerar apenas ligeiramente no próximo ano para 2,9% -- inalterado em relação à previsão de março -- já que os aumentos de juros pelos principais bancos centrais do mundo no ano passado pesam cada vez mais no investimento privado, começando pelos mercados imobiliários.

Na terça-feira, o Banco Mundial também citou o impacto crescente dos aumentos dos juros ao elevar sua previsão de crescimento mundial este ano para 2,1%, mas reduzindo a conta para 2024 a 2,4%, ante uma previsão anterior de 2,7%.

A OCDE estima que a economia dos EUA crescerá 1,6% este ano antes de desacelerar para 1% em 2024, com o efeito defasado dos aumentos de juros atingindo a maior economia do mundo de forma particularmente dura. Anteriormente, a expectativa era de expansão de 1,5% este ano e 0,9% em 2024.

Impulsionada pelo fim das restrições contra a Covid, a economia chinesa deve crescer 5,4% em 2023 antes de moderar para 5,1% em 2024. Antes as projeções eram em 5,3% e 4,9%, respectivamente.

À medida que o choque de preços de energia no inverno da Europa desaparece, o crescimento da zona do euro deve acelerar de 0,9% este ano para 1,5% em 2024, já que a inflação mais baixa pesa menos sobre a renda. Em março, a OCDE estimou crescimento de 0,8% em 2023 e 1,4% em 2024.

Para o Brasil, a OCDE melhorou as projeções de expansão econômica a 1,7% em 2023 e 1,2% em 2024, contra expectativa em março de 1,0% e 1,1%, respectivamente.

A OCDE prevê que a inflação no Grupo das 20 principais economias cairá de 7,8% no ano passado para 6,1% este ano e 4,7% em 2024 -- ainda bem acima das metas de muitos bancos centrais, apesar dos aumentos das taxas de juros.

"Um risco substancial é que a inflação se mostre mais persistente e, em resposta, as taxas de juros precisem ficar mais altas por mais tempo", disse a economista-chefe da OCDE, Clare Lombardelli, em coletiva de imprensa.

O chefe da OCDE, Mathias Cormann, concordou dizendo que o risco de os principais bancos centrais fazerem muito pouco ou demais está atualmente "igualmente equilibrado".

© Reuters. Sede da OCDE em Paris
03/09/2009. REUTERS/Charles Platiau/File Photo

Autoridades do Federal Reserve sinalizaram uma possível pausa nos aumentos da taxa de juros dos EUA, enquanto o Banco Central Europeu indicou que novos aumentos são prováveis nos próximos meses.

Nas perspectivas da OCDE, a taxa básica de juros do Fed deverá atingir um pico de 5,25-5,5%, com cortes “modestos” na segunda metade de 2024.

Na zona euro, a OCDE espera que o BCE continue a aumentar as taxas diante de um núcleo de inflação ainda elevado, com um pico observado no terceiro trimestre. A organização prevê que o BCE deixará sua taxa básica em 4,25% até o final de 2024.

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