Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que entraram com pedidos de auxílio-desemprego provavelmente chegou a uma máxima recorde pela segunda semana seguida já que mais jurisdições adotaram medidas para que as pessoas fiquem em casa para combater a pandemia de coronavírus.
Os dados desta quinta-feira de pedidos de auxílio-desemprego pelo Departamento do Trabalho, os mais atuais sobre a saúde da economia, devem mostrar que as solicitações superaram o recorde da semana passada de 3,3 milhões. Eles provavelmente vão reforçar as visões de economistas de que o mais longo boom do emprego na história dos Estados Unidos deve ter chegado ao fim em março.
Mais de 80% dos norte-americanos estão sob alguma forma de confinamento, contra menos de 50% há duas semanas, deixando os escritórios estatais de emprego sobrecarregados com uma avalanche de pedidos.
"O mercado de trabalho dos EUA está em queda livre", disse Gregory Daco, economista-chefe do Oxford Economics.
"A perspectiva de mais medidas de confinamento e o fato de que muitos Estados ainda não conseguiram processar o total de pedidos de auxílio-desemprego sugerem que o pior ainda está por vir."
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego provavelmente chegaram a 3,5 milhões em dados ajustados sazonalmente na semana encerrada em 28 de março, de acordo com pesquisa da Reuters. As estimativas no levantamento chegaram a até 5,25 milhões.