Por Lucia Mutikani
WASHINGTON (Reuters) - O número de norte-americanos que pediram auxílio-desemprego teve um aumento menor do que o esperado na semana passada, apontando para um mercado de trabalho forte que deve continuar a fornecer suporte a uma economia de crescimento moderado.
O ritmo constante de crescimento econômico também foi ressaltado por outros dados divulgados nesta quinta-feira, com as vendas de casas usadas subindo em agosto para o nível mais alto em 17 meses.
Além disso, embora a atividade fabril na região do Meio-Atlântico dos EUA tenha desacelerado em setembro, as encomendas permaneceram sólidas, levando os manufatureiros da região a aumentar o emprego e as horas de trabalho.
Os relatórios sugerem que os setores imobiliário e manufatureiro, os dois pontos fracos da economia, estão se estabilizando.
O Federal Reserve reduziu a taxa de juros em mais 25 pontos-base na quarta-feira, citando os riscos da guerra comercial prolongada com a China para a maior expansão econômica da história dos EUA e um crescimento econômico mais lento no exterior.
O chairman do Fed, Jerome Powell, disse esperar que a economia, agora em seu 11º ano de expansão, continue "expandindo-se a uma taxa moderada", mas observou que as tensões comerciais estavam "pesando sobre o investimento e as exportações dos EUA".
O Fed ofereceu sinais contraditórios sobre uma nova flexibilização da política monetária. Dados até agora no terceiro trimestre, incluindo vendas no varejo, sugerem que a economia está crescendo perto da taxa anualizada de 2,0% registrada entre abril e junho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA aumentaram em 2 mil, para 208 mil (dado ajustado sazonalmente) na semana encerrada em 14 de setembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam que os pedidos aumentariam para 213 mil na última semana.
As vendas de casas usadas aumentaram 1,3%, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 5,49 milhões de unidades no mês passado. Foi o segundo ganho mensal seguido nas vendas, o que confundiu as expectativas dos economistas de uma queda de 0,4%, para 5,37 milhões de unidades.
Em um terceiro relatório, o Fed da Filadélfia informou que seu índice de condições empresariais caiu para uma leitura de 12,0 em setembro, ante 16,8 em agosto. A medida da pesquisa para novos pedidos caiu de 25,8 para 24,8 este mês.