Por Kevin Yao
PEQUIM (Reuters) - A China deve divulgar na quarta-feira que o crescimento econômico desacelerou ao ritmo mais fraco em pelo menos 27 anos no primeiro trimestre, com formuladores de política buscando evitar uma desaceleração maior que possa provocar perda de empregos.
Mas os investidores e parceiros comerciais da China provavelmente vão se concentrar em leituras para março, esperando por sinais de que meses de estímulo estejam começando a estabilizar a atividade na segunda maior economia do mundo, num momento em que a demanda global parece instável.
"É provável que os dados mostrem a mais clara evidência de recuperação econômica", embora as questões permaneçam sobre a força de qualquer recuperação e quanto tempo vai durar, disseram analistas da Nomura em uma nota divulgada na terça-feira, refletindo altas expectativas no mercado.
Pequim reforçou o estímulo fiscal neste ano para apoiar o crescimento, anunciando bilhões de dólares em cortes de impostos e gastos em infraestrutura, enquanto os bancos chineses emprestaram um recorde de 5,8 trilhões de iuanes (864,8 bilhões de dólares) no primeiro trimestre.
Analistas consultados pela Reuters esperam que a China informe que o PIB cresceu 6,3 por cento no trimestre ante mesmo período de 2018, o que seria o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 1992, os primeiros dados trimestrais registrados.
Mas os dados de março, que serão divulgados ao mesmo tempo, devem mostrar um crescimento mais forte da produção industrial, investimentos e vendas no varejo, segundo analistas ouvidos pela Reuters, sugerindo que a economia pode estar se recuperando.
Economistas consultados pela Reuters preveem recuo adicional para 6,2 por cento em 2019 - o mais lento em quase 30 anos, mas mais ou menos no meio da meta de 6 a 6,5 por cento de Pequim.
(Reportagem de Kevin Yao)
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