PIB do Brasil: Agro e forte demanda interna puxaram o crescimento no 1º trimestre

Publicado 29.05.2025, 21:17
Atualizado 30.05.2025, 07:17
© Reuters

Investing.com – O IBGE divulga nesta sexta-feira (30), às 09h00, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do primeiro trimestre de 2025. A previsão do mercado é que a atividade econômica tenha crescido 1,4% entre janeiro e março deste ano, ante o trimestre anterior com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, a projeção é de expansão de 3,2%.

Se confirmada a estimativa, será o maior crescimento econômico desde o 2º trimestre de 2024, quando a economia expandiu 1,4%. Nos trimestres, houve desaceleração na economia brasileira, com uma alta de 0,7% entre julho e setembro do ano passado, e 0,2% nos três últimos meses de 2024.

A aceleração do PIB do Brasil no 1º trimestre de 2025 será um ponto fora da curva. A previsão é de desaceleração para o restante do ano, com algumas previsões de retração para os últimos meses de 2025. Segundo cálculos do Banco Daycoval, o crescimento da economia brasileira deve ficar em 0,9% no 2º tri, 0% no 3º tri e uma queda de 0,3% no 4º tri.

A menor intensidade da expansão econômica nos próximos trimestre deve ocorrer devido ao efeito defasado do choque de juros realizado pelo Banco Central nos últimos meses. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 10,5% em setembro do ano passado para 14,75% neste mês.

O que movimentou a economia brasileira no 1º trimestre de 2025?

O consenso é de que o agronegócio tenha sido o grande destaque do PIB do Brasil entre janeiro e março deste ano, impulsionado pela safra recorde de soja e de milho beneficiada, segundo os economistas do ASA, pela normalização climática. O Itaú BBA estima que o setor tenha crescido 10,9% no trimestre, contribuindo com 0,6 ponto percentual para o PIB total, cujo crescimento estimado do banco para o período é de crescimento de 1,7%, acima do consenso do mercado.

O consumo das famílias e a recuperação do mercado de trabalho também tenham dado suporte à atividade, registrando uma desaceleração menor do que o esperado no início do ano, que teve a ajuda da recuperação da produção industrial, vendas no varejo e o setor de serviços no período, de acordo com o ASA. Nos cálculos do Banco Daycoval, o PIB sem os números do setor agropecuário deve ter crescido 0,8% em relação ao último trimestre do ano passado.

A resiliência do mercado de trabalho contribuiu para que o consumo das famílias, importante motor de crescimento da economia, que deve ter crescido 3,7% na base trimestral nos cálculos do Itaú BBA. A taxa de desemprego menor do que a esperada impulsionou a massa salarial para níveis recordes, o que impulsionou os consumos. Apesar dos esforços fiscais, as políticas de transferência de renda do governo continuam fortes, especialmente o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Isso está gerando um efeito positivo sobre a renda e o consumo, segundo o Banco Daycoval.

Outro ponto de destaque deve ser os investimentos, representados pela Formação Bruta de Capital Fixo nas Contas Nacionais. O Banco Daycoval projeta que o crescimento dos investimentos esteja por volta de 7%. O Itaú BBA estima avanço de 8,3% na comparação anual e 7,4% em relação ao trimestre anterior com ajuste sazonal.

As importações, por outro lado, tiveram uma forte expansão de 11% no período na comparação anual. Os economistas do Banco Daycoval apontam esse alto volume à indústria de transformação, que serviu de subsídio para o avanço dos investimentos e da indústria, o que reforça o dinamismo da demanda interna no período.

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