Por Dominique Vidalon
PARIS (Reuters) - Manifestantes com capuzes e vestidos de preto entraram em conflito com a polícia em Paris neste sábado, enquanto milhares de pessoas se juntaram aos tradicionais protestos de Primeiro de Maio ao redor da França para exigir justiça econômica e social e expressar oposição aos planos do governo para alterar benefícios do seguro-desemprego.
A polícia deteve 34 pessoas na capital, onde latas de lixo foram incendiadas e janelas de bancos foram quebradas, o que momentaneamente atrasou a marcha.
Os sindicalistas receberam a companhia de membros do movimento “Colete Amarelo”, que desencadeou uma onda de protestos três anos atrás, e por trabalhadores de setores duramente atingidos pelas restrições da pandemia, como a Cultura. Os manifestantes, a maioria usando máscaras, dentro das regras contra o coronavírus, carregaram cartazes nos quais se lia “Os dividendos, e não os benefícios de desemprego, são a renda dos preguiçosos” e “Queremos viver, não sobreviver”.
“Muito dinheiro está indo para aqueles que já têm muito e menos para quem não tem nada, como está refletido nos planos de reforma do seguro-desemprego que queremos que seja abandonado”, disse Philippe Martínez, chefe do sindicato CGT.
Cerca de 300 protestos foram organizados em cidades como Lyon, Nantes, Lille e Toulouse.