PARIS (Reuters) - O chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou a promessa de "agir conforme apropriado" para sustentar a expansão econômica dos Estados Unidos em um discurso nesta terça-feira que não se desviou das expectativas de que um corte de juros está por vir.
Várias autoridades do Fed afirmaram em sua mais recente reunião que preocupações incluindo a guerra comercial dos EUA e inflação abaixo da meta anual de 2% do Fed montam um cenário para estímulos, disse Powell.
"Nós estamos cuidadosamente monitorando esses acontecimentos e avaliando suas implicações para as perspectivas econômicas e inflação dos EUA, e vamos agir conforme apropriado para sustentar a expansão", disse ele em um discurso preparado para uma conferência em Paris.
Os mercados e analistas esperam que o Fed anuncie um corte de juros em sua reunião de política monetária em 30 e 31 de julho.
Os comentários vêm na esteira de fortes dados econômicos que autoridades minimizaram diante dos riscos avaliados. Nesta terça-feira, por exemplo, dados divulgados pelo Departamento do Comércio mostraram que as vendas no varejo dos EUA aumentaram mais do que o esperado em junho. Outros relatórios também sugeriram um sólido crescimento do emprego em junho e aceleração do núcleo da inflação. [nL2N24H0NN]
Powell disse que a continuação do "sólido" crescimento da economia está ajudando a manter o "mercado de trabalho forte" e dando suporte para uma retomada dos gastos do consumidor.
No entanto, ele citou uma série de "incertezas" que obscurecem a perspectiva otimista do Fed. Além do conflito comercial entre EUA e China e da inflação persistentemente abaixo da meta do Fed, Powell citou uma desaceleração do crescimento global, as negociações do teto da dívida federal dos EUA e a caótica saída do Reino Unido da União Europeia.
A taxa de juros do Fed está atualmente no intervalo entre 2,25% e 2,50%, e o último aumento ocorreu em dezembro, uma alta que tem sido altamente criticada pelo presidente Donald Trump. Os mercados financeiros futuros apontam para uma certeza de 100% entre investidores e operadores de que o Fed reduzirá os juros em pelo menos 0,25 ponto percentual neste mês.
(Por Leigh Thomas)