Boom das criptos: quais ações do setor podem surpreender na alta?
Investing.com — Os preços ao consumidor nos EUA subiram em ritmo mais moderado do que o previsto em abril, embora ainda estejam levemente acima da meta do Federal Reserve, enquanto economistas avaliam os efeitos das políticas comerciais americanas em constante mudança.
O índice de preços ao consumidor (IPC) subiu 2,3% nos 12 meses até abril, abaixo da expectativa de 2,4% e também do patamar registrado em março.
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Na comparação mensal, o índice avançou 0,2%, após uma retração de 0,1% no mês anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Departamento do Trabalho. A projeção do mercado era de uma alta de 0,3%.
O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, registrou alta de 2,8% em base anual, em linha com o resultado de março e com as estimativas. Na variação mensal, o aumento foi de 0,2%, ante 0,1% no mês anterior e projeção de 0,3%.
Os dados abrangem um período marcado por uma série de mudanças na política comercial do governo Trump. Após o anúncio de tarifas "recíprocas" mais elevadas a diversos países durante um evento na Casa Branca em 2 de abril, mercados de ações e títulos enfrentaram forte volatilidade. Posteriormente, o presidente Trump anunciou uma pausa de 90 dias na maioria das tarifas, além de isenções específicas por setor.
Na segunda-feira, os EUA informaram que irão reduzir e adiar parte das tarifas impostas à China, após dois dias de negociações em alto nível entre representantes dos dois países na Suíça. As bolsas reagiram com otimismo ao acordo, com a leitura de que o movimento poderia sinalizar uma trégua nas tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Enquanto isso, os números da inflação devem influenciar as expectativas do mercado quanto à trajetória futura da taxa de juros do Fed. O banco central tem como objetivo manter a inflação próxima de 2% ao ano e, até o momento, adotou uma postura cautelosa em relação aos próximos ajustes na política monetária.
O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou na semana passada que a política está adequadamente calibrada neste momento, uma vez que a economia apresenta sinais de resiliência mesmo sob a pressão das tarifas comerciais. Economistas alertam que essas tarifas podem reacender pressões inflacionárias e afetar a atividade econômica de forma mais ampla.
O Fed manteve os juros na faixa entre 4,25% e 4,5% na última reunião e alertou para riscos crescentes tanto para a inflação quanto para o desemprego — fatores que Powell atribuiu majoritariamente ao impacto das tarifas.