BRUXELAS (Reuters) - Os preços ao produtor da zona do euro subiram mais do que o esperado em março, já que os custos da energia mais do que dobraram na comparação anual, mostraram dados divulgados nesta terça-feira, enquanto o desemprego continuou a cair e atingiu nova mínima recorde.
A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou que os preços nos portões das fábricas dos 19 países que usam o euro saltaram 5,3% em março sobre o mês anterior e tiveram alta de 36,8% em relação ao ano anterior. Economistas consultados pela Reuters esperavam um aumento mensal de 5,0% e anual de 36,3%.
Os preços da energia subiram 11,1% no mês e 104,1% na comparação ano a ano, com a invasão russa da Ucrânia impulsionando os preços que já estavam subindo por causa da recuperação econômica após a pandemia.
Sem energia, os preços ao produtor subiram apenas 2,1% no mês e 13,6% em relação ao ano anterior, impulsionados por bens intermediários mais caros, já que algumas cadeias de fornecimento globais continuam prejudicadas.
O desemprego na zona do euro caiu de 6,9% em fevereiro para 6,8% da força de trabalho em março, uma vez que o número de pessoas sem emprego caiu de 11,350 milhões para 11,274 milhões
(Reportagem de Jan Strupczewski)