Por José de Castro
SÃO PAULO (Reuters) - Os preços ao produtor abandonaram deflação e tiveram firme alta em agosto, puxados por aumento de custos nas indústrias extrativas, de alimentos e metalurgia.
O índice que mede a variação dos preços da indústria --na "porta de fábrica", sem impostos e fretes-- teve alta de 0,92% em agosto, depois de cair 1,20% em julho, mostraram dados do IBGE nesta quarta-feira.
No acumulado de 2019, os preços sobem 2,48%, enquanto em 12 meses avançam 1,43%.
Em agosto de 2018 sobre julho, os custos haviam subido 0,86%.
O aumento dos custos nas indústrias extrativas (de 7,67%) teve a maior influência de alta no índice cheio, ao qual adicionou 0,38 ponto percentual. A alta foi ditada sobretudo pelos preços dos minérios de ferro, influenciados pelo mercado internacional da commodity.
A variação de preços na indústria de alimentos (+0,89%) adicionou 0,20 ponto percentual ao índice de preços ao produtor, enquanto a alta de 1,99% nos preços da indústria de metalurgia contribuiu com 0,12 ponto percentual no índice cheio.
Entre as grandes categorias econômicas, os preços ao produtor em bens de capital subiram 1,14%, enquanto bens intermediários viu aumento de 1,28% nos custos. O subíndice para bens de consumo teve alta de 0,36%.
Os preços ao produtor servem de subsídio às análises das empresas, que podem acompanhar a variação dos preços dos setores fornecedores, clientes e até fazer comparação dentro do segmento.