Por Yawen Chen e Ryan Woo
PEQUIM (Reuters) - Os preços de novas residências na China aumentaram em agosto no ritmo mais fraco em quase um ano, com uma economia em desaceleração e as restrições existentes às compras especulativas prejudicando a demanda geral.
Desconfiados de bolhas imobiliárias, os reguladores chineses prometeram se abster de estimular o setor imobiliário ao adotarem medidas para impulsionar a economia mais ampla, atingida pela guerra comercial sino-americana e pela desaceleração da demanda dos consumidores.
Os preços médios das novas residências nas 70 principais cidades da China aumentaram 8,8% em agosto em relação ao ano anterior, em comparação a um ganho de 9,7% em julho, no ritmo mais fraco desde outubro de 2018, calculou a Reuters a partir de dados oficiais divulgados pelo escritório nacional de estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês) nesta terça-feira.
Em base mensal, os preços médios de novas residências aumentaram 0,5% em agosto, abaixo do crescimento de 0,6% em julho e no menor aumento desde fevereiro. No entanto, ainda marcou o 52º mês consecutivo de alta.
A maioria das 70 cidades pesquisadas pela NBS ainda relatou aumentos mensais de preços para novas casas, embora o número tenha caído para 55, ante 60 em julho.
O setor imobiliário se manteve como um dos poucos pontos positivos da segunda maior economia do mundo.
O investimento imobiliário da China cresceu em agosto no seu ritmo mais rápido em quatro meses, mostraram dados na segunda-feira, em contraste com uma desaceleração prolongada na produção industrial e no investimento.
Mas alguns analistas disseram que a recuperação do investimento provavelmente se deve a incorporadoras que correm para atender às exigências do governo antes que possam começar a vender sob crescente pressão financeira e preocupações com as perspectivas do mercado, já que os reguladores deixaram claro que a supervisão só deve aumentar.