Por Leika Kihara
NAGOYA, Japão (Reuters) - O presidente do banco central do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que uma mistura de estímulos fiscais e monetários daria um impulso maior à economia do que tomar medidas fiscais e monetárias individualmente, sinalizando que o governo poderia desempenhar um papel maior na ajuda para estimular o crescimento.
Mas ele disse que o Banco do Japão não vai sincronizar nenhum passo de afrouxamento com a decisão do governo de aumentar os gastos, enfatizando que apenas manter as atuais taxas de juros extremamente baixas aumentará o efeito da política fiscal.
"Se o governo vir a necessidade de usar a política fiscal (para sustentar o crescimento), uma combinação de políticas fiscais e monetárias teria um impacto maior do que implantar medidas fiscais e monetárias separadamente", disse ele a repórteres nesta terça-feira.
"Isso não quer dizer que temos qualquer plano particular de adotar medidas monetárias em conjunto com maiores gastos do governo."
Alguns parlamentares japoneses estão pedindo por maiores gastos caso um aumento dos impostos sobre vendas em outubro leve o país à recessão.
Sob uma política chamada de controle da curva de rendimentos, o banco central japonês compromete-se a orientar as taxas de curto prazo a -0,1% e deixar o rendimento dos títulos em com prazo em dez anos em torno de 0%.