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Prévia do Fed: alta de 0,5% precificado; atenção ao ritmo da redução do balanço

Publicado 02.05.2022, 14:34
Atualizado 04.05.2022, 10:51
© Reuters.

Por Alessandro Albano

Investing.com - O Federal Reserve (Fed) anunciará sua decisão de política monetária nesta quarta às 15h00, com o chairman da instituição Jerome Powell realizando a tradicional entrevista coletiva às 15h30 pela primeira vez presencialmente desde o início da pandemia.

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De acordo com as expectativas do mercado, um aumento na taxa de fundos federais para uma meta máxima de 1% dos atuais 0,25% -0,5% parece ser dado como certo, embora alguns analistas não descartem a possibilidade de um aumento de 75 pontos-base (bps) devido aos últimos dados de inflação ao consumidor (+ 8,5% anual) e PCE (+ 5,2% anual).

CONFIRA: Monitor da Taxa de juros do Federal Reserve

"É improvável que o banco central americano consiga aumentar as taxas em 75 pontos base neste momento com o risco de enfraquecer ainda mais a economia doméstica e, assim, causar uma possível recessão técnica", escreve Filippo Diodovich, estrategista de mercado do IG em nota, referindo-se ao PIB do primeiro trimestre divulgado na semana passada (-1,4%).

Mesmo para Gergely Majoros, membro do Comitê de Investimentos de Carmignac, " é improvável uma virada hawkish de curto prazo do Fed", ou seja, uma alta de 75 pontos base, mas o mesmo "não pode ser feito no longo prazo, pois a visibilidade na dinâmica da inflação futura permanece limitada".

Com o índice de preços ao consumidor em seu nível mais alto desde dezembro de 1981 e fortes riscos de alta decorrentes da crise ucraniana e dos lockdowns chineses, o principal objetivo da reunião será "limitar o crescimento da inflação e estabelecer uma base sólida para a política monetária, no entanto, para não comprometer a recuperação da economia americana, que já foi severamente testada por inúmeros fatores", explica Diodovich.

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Segundo o IG, o nível das taxas nos Estados Unidos chegará "até o final do ano entre 2,50% e 3%", enquanto para John Valis, FX e macro estrategista do BNY Mellon, que não espera uma alta maior que 50 bps, o Fed também poderia usar outros instrumentos e aumentar a taxa de reserva overnight (IORB) e a taxa de recompra overnight (RRP) em 45 bps, o que "poderia atingir a faixa mais baixa de fed funds de 75 bps".

Aperto quantitativo

Muita atenção será dada ao plano de redução orçamentária, ou aperto quantitativo, que o Fed já planejou em reuniões recentes, em um contexto que vê o rendimento do título de 10 anos dos EUA acima de 3%.

"Acreditamos também que o processo de aperto quantitativo pode ser ativado já nesta reunião. A ata da última reunião indicou que esta terá um teto máximo de gastos de US$ 60 bilhões para Tesouros e US$ 35 bilhões para hipotecas" , acrescenta o estrategista do IG.

Para Ellen Gaske, Economista Líder do PGIM Fixed Income, pode haver “uma subida relativamente rápida do tapering a partir de junho”, com um ritmo mais lento de subidas das taxas do Fed até o segundo semestre deste ano que precisará ser acompanhado por leituras mensais de inflação."

Se a inflação não mostrar sinais de desaceleração com as ferramentas postas em prática pelo Fed, segundo Gaske, o "momento Volcker" não chegará "até o final deste ano ou início do próximo". Nesse ponto, explica o economista, "o Fed terá mais tempo para avaliar os efeitos dos ventos contrários que já estão se acumulando, como condições financeiras mais apertadas; uma reversão fiscal; altos preços de energia e alimentos contra o atraso nos salários; e desaceleração da economia global".

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Últimos comentários

como é bom ver discussão e opiniões econômicas sem viés político ...
concordo plenamente.
Respeito muito aquele maluco do Touro de ouro, mas discordo acerca de suas proposições acerca dos gringos não terem levado a inflação a sério e terem demorado a elevar suas taxas de juros, como o PG o fez no Brasil. A inflação pode ser ocasionada por várias razões, ameaço de chuva eleva o preço da capa de chuva, poucos vendedores multiplicam o preço da capa, a necessidade da capa interfere também na inflação. Pois bem que efeito teria sobre o preço da capa de chuva teria uma redução global do fluxo de capitais? Elevação dos juros como forma de controle inflacionário é eficiente em situações como a da Argentina, Brasil do Sarney da Dilma, onde o governo sem $ emite papel moeda sem lastro ao invés de reduzir seus custos (demitir/reduzir salários). Elevação precoce dos juros ao Brasil fazem sentido, uma vez que reforçam o poder de compra de nossa moeda reduzindo a inflação por aumento do poder de compra do real.
Elevação vigorosa dos juros (gringos) iria apenas reduzir a criação de empregos com pouco efeito sobre a inflação em si, que é resultado da desarticulação das rotas de comércio.
quem sabe uma surpresa de 0,25% ponha as coisas no lugar
"Nem quem ganhar vai perder, vai todo mundo perder!"
Indicadores econômicos vem com resultado bom, salários mais altos, consumo não desacelera e a inflação causada pela alta de commodities… cenário de inflação e até os mais dovish falando em aumento da taxa de juros mais agressivo. Mercado já precifica 0,50% mas não vai ser surpresa vir 0,75%
Concordo contigo, mas tem o detalhe da sinalização ao mercado de que não se hesitará em elevar os juros para conter a inflação (a todo custo)
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