SÃO PAULO (Reuters) - As montadoras do Brasil reduziram a produção de veículos em 2,1 por cento em fevereiro ante janeiro, para 213,5 mil unidades, informou nesta terça-feira a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Na comparação com fevereiro de 2017, a produção teve alta de 6,2 por cento, acumulando no primeiro bimestre avanço de 15 por cento sobre o mesmo período de 2017.
As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil em fevereiro caíram 13,4 por cento na comparação mensal, mas cresceram 15,7 por cento sobre um ano antes, para 156,9 mil unidades. Com isso, as vendas acumuladas nos primeiros dois meses do ano totalizaram 338,17 mil unidades, alta de 19,5 por cento ante o mesmo período de 2017.
"As vendas do primeiro bimestre ainda estão abaixo dos últimos 10 anos, de 443 mil unidades, mas o importante é o mercado continuar mostrando crescimento", disse o presidente da Anfavea, Antonio Megale, a jornalistas nesta terça-feira.
Ele ressaltou as vendas de caminhões em fevereiro cresceram 54,6 por cento sobre um ano antes, acumulando no primeiro bimestre alta de 54,7 por cento, para 8.601 unidades.
Megale disse que a expectativa é que as vendas em março devem subir em relação a fevereiro, já que os primeiros dias do mês estão apresentando bons números.
Reforçando a retomada depois de dois anos de recessão, o número de empregados na indústria automobilística subiu 2,5 por cento em fevereiro na comparação anual, para 130.421 funcionários.
IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO
Dois meses depois do fim do Programa Inovar Auto, que até o final de 2017 impunha sobretaxas sobre as vendas de veículos importados, a participação de modelos importados no total de licenciamentos subiu para 11,7 por cento, informou a Anfavea. Em 2017, a fatia destes veículos no total de vendas foi de 10,9 por cento.
Já as exportações de veículos e máquinas agrícolas em fevereiro somaram 1,48 bilhão de dólares, alta de 23,7 por cento sobre fevereiro de 2017. Nos dois primeiros meses do ano, as vendas externas acumulam crescimento de 24,8 por cento, para 2,5 bilhões de dólares.
(Por Alberto Alerigi Jr.)