⛔ Pare de adivinhar ⛔ Use nosso filtro de ações gratuito e ache pechinchas do mercadoTeste Grátis

Indústria do Brasil interrompe 3 meses de queda em outubro, mas cresce abaixo do esperado

Publicado 04.12.2018, 10:09
© Reuters. Funcionários trabalham em fábrica em Manaus

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A produção de bens de capital e de bens de consumo duráveis ajudou a indústria do Brasil a interromper três meses de queda e a registrar crescimento em outubro, porém abaixo do esperado, indicando um final de ano desafiador.

A produção industrial brasileira avançou 0,2 por cento em outubro na comparação com setembro, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse é o melhor resultado para outubro desde 2014 (+0,6 por cento), porém ficou bem abaixo da expectativa de crescimento de 1,2 por cento em pesquisa da Reuters.

"Crescer 0,2 por cento interrompe um sequência de queda mas está longe de representar uma reversão na trajetória da indústria nos últimos meses", afirmou o gerente da pesquisa, André Macedo.

Em relação ao mesmo mês de 2017, a produção apresentou ganho de 1,1 por cento, contra expectativa de alta de 2,3 por cento.

Os dados do IBGE mostraram que, no mês, a produção de Bens de Capital, uma medida de investimento, aumentou 1,5 por cento sobre setembro, enquanto a de Bens de Consumo Duráveis subiu 4,4 por cento, alavancada por automóveis.

Por outro lado, a fabricação de Bens Intermediários recuou 0,3 por cento no mês, enquanto a de Bens de Consumo Seminduráveis e não Duráveis caiu 0,2 por cento. Ambas as categorias representam cerca de 80 por cento da produção industrial.

Entre os ramos pesquisados, o lado positivo ficou para as altas de indústrias extrativas (3,1 por cento), máquinas e equipamentos (8,8 por cento), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0 por cento) e bebidas (8,6 por cento).

Mas pesaram as quedas na produção de produtos alimentícios (-2,0 por cento), metalurgia (-3,7 por cento) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,2 por cento).

"No caso dos alimentos há um deslocamento da produção de cana este ano para produção de álcool e menos produção de açúcar", explicou Macedo.

De acordo com os dados do Produto Interno Bruto (PIB) divulgados pelo IBGE na semana passada, a indústria apresentou no terceiro trimestre crescimento de 0,4 por cento sobre os três meses anteriores. [nL2N1Y50H5]

© Reuters. Funcionários trabalham em fábrica em Manaus

"Em 2018, a expansão é positiva mas em desacelaração. Houve impacto político eleitoral que afetou o apetite dos empresários por investimentos e, combinado a isso, o mercado doméstico ainda tem um grande contigente de trabalhadores desempregados", afirmou Macedo.

"2018 é um ano que não recuperou as perdas como se esperava", completou o gerente da pesquisa, lembrando que a indústria fechou o ano passado com um crescimento de 2,6 por cento após três anos seguidos de queda.

A mais recente pesquisa Focus realizada pelo Banco Central com uma centena de economistas aponta que a expectativa é de um crescimento da indústria neste ano de 2,16 por cento, com o PIB expandindo 1,32 por cento.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.