Por Tim Reid
LOS ANGELES (Reuters) - Um grupo de republicanos contrários ao ex-presidente Donald Trump endossará nesta quinta-feira uma série de parlamentares democratas que enfrentarão disputas difíceis nas eleições de meio de mandato do ano que vem, na tentativa de impedir que o Partido Republicano reassuma o controle do Congresso.
Integrantes do grupo, desolados por verem a maioria dos republicanos eleitos defenderem as afirmações falsas de Trump de que a eleição de 2020 foi roubada, disseram à Reuters que também estão apoiando correligionários vulneráveis, como a deputada Liz Cheney, que rejeita as alegações de fraude eleitoral.
O Movimento Renove a América (RAM), formado por republicanos de centro depois que uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o Congresso no dia 6 de janeiro para tentar impedir os parlamentares de certificarem a vitória eleitoral do democrata Joe Biden, reconhece que Trump e suas teorias conspiratórias agora dominam o partido com mão de ferro.
De acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos de agosto, 30% dos adultos norte-americanos concordam que "a eleição de 2020 foi roubada de Donald Trump", cifra que inclui 61% de republicanos, 19% de independentes e 10% de democratas.
Trump, por sua vez, tem endossado vários candidatos que se preparam para desafiar nas primárias parlamentares republicanos que votaram a favor de seu impeachment por incitar uma insurreição em um discurso incendiário antes do ataque mortal de 6 de janeiro ao Capitólio.