Ação do BB fecha em queda após banco acionar AGU contra fake news
Por Olga Popova
MOSCOU (Reuters) - A Rússia precisa agir rapidamente para manter sua posição como o maior exportador de trigo do mundo, disse o vice-primeiro-ministro Dmitry Patrushev na sexta-feira, reconhecendo uma forte desaceleração nas exportações do cereal na atual temporada.
Patrushev, que é responsável pela agricultura no governo, disse que a Rússia exportará 44,5 milhões de toneladas métricas de trigo e 53 milhões de toneladas de grãos na temporada 2024/2025.
O Departamento de Agricultura dos EUA estimou as exportações de trigo da temporada passada em 55,5 milhões de toneladas, o que implica uma queda de até 20% este ano.
"A situação das exportações de grãos está evoluindo negativamente no momento. Em comparação com o mesmo período de 2024, a dinâmica é significativamente menor", disse Patrushev em uma conferência em Sochi, no sul da Rússia.
Os agricultores russos foram atingidos por condições climáticas extremas no ano passado. Eles também estão reclamando da queda da rentabilidade do cultivo de trigo devido às altas taxas de exportação, ao aumento dos custos de combustível e fertilizantes, ao rublo forte e às altas taxas de juros.
Apesar da queda nas exportações de trigo, a Rússia mantém o status de maior exportador de trigo do mundo, mas sua participação no mercado global deve diminuir de 28% na última temporada para 22%.
O presidente Vladimir Putin ordenou que o governo aumentasse as exportações agrícolas em 50% até 2030, com as exportações de grãos atingindo 80 milhões de toneladas por ano.
"A julgar pela última tendência, o movimento está indo na direção oposta, e isso precisa ser corrigido com urgência. Precisamos intensificar os suprimentos, devemos trabalhar juntos para manter as posições da Rússia no mercado global", disse Patrushev.
Ele apontou uma mudança na forma como o imposto de exportação é calculado como uma possível medida para impulsionar as exportações, mas disse que o imposto, introduzido para proteger o mercado interno, permanecerá em vigor.
(Reportagem de Olga Popova)