WASHINGTON (Reuters) - O Senado dos Estados Unidos, nesta quinta-feira, votou para confirmar a nomeação de Michelle Bowman para o Conselho de Governadores do Federal Reserve, consolidando uma maioria no conselho de oficiais nomeados pelo presidente Donald Trump.
A votação no Senado foi de 64 a 34.
Não está exatamente claro o que o acréscimo de Bowman, que dirige a comissão do banco estatal do Kansas desde 2017, significará para o debate de políticas do banco central norte-americano. Suas visões em política monetária não são conhecidas, embora ela tenha prometido se concentrar em atingir os objetivos do Fed de preços estáveis e máximo emprego.
O Fed tem subido as taxas de juros desde 2015 para impedir que a economia americana se aqueça demais. Mas Trump, que tomou posse em janeiro de 2017, criticou o banco central pelos aumentos.
Apesar das críticas, os três homens que ele já escolheu para cargos no Fed --o presidente Jerome Powell, o vice-presidente Randal Quarles e o vice-presidente Richard Clarida-- apoiaram os aumentos. Powell já servia no Conselho como governador quando Trump o escolheu para suceder Janet Yellen como presidente do Fed. No começo deste mês, o Fed disse que planeja continuar aumentando as taxas.
Trump teve amplo espaço de manobra para reformular o banco central, mas, a pedido de conselheiros como o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e outros sensíveis à importância de manter a confiança do mercado na independência do Fed, ele escolheu economistas relativamente tradicionais e republicanos centristas.
Bowman, nomeada por Trump em abril, levará o número de governadores servindo ao Fed para quatro, com três vagas ainda vazias. Os governadores do Fed votam em cada reunião de política monetária, junto com os presidentes de cinco dos 12 bancos regionais do sistema do Fed, que se alternam votando em taxas de juros.