Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Serviços no Brasil saltam 6,6% em junho, acima do esperado e melhor desempenho desde 2011

Publicado 14.08.2018, 10:11
Atualizado 14.08.2018, 10:11
© Reuters. Garçom de restaurante no Rio de Janeiro

Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Duarte

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 14 Ago (Reuters) - O setor de serviços do Brasil surpreendeu em junho e subiu muito mais que o esperado, revertendo por completo as perdas causadas pela greve dos caminhoneiros, mas com resultado ainda insuficiente para mostrar recuperação mais forte.

A atividade saltou 6,6 por cento em junho quando comparada com maio, melhor desempenho mensal da série histórica iniciada em 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Em maio, o setor havia registrado contração de 5 por cento, em número revisado da queda de 3,8 por cento reportada antes.

Sobre junho de 2017, houve alta de 0,9 por cento nos serviços. Expectativas de analistas ouvidos em pesquisa Reuters eram de que o setor teria expansão de 3,2 por cento em junho na comparação mensal, mas retração de 0,3 por cento sobre um ano antes.

"A greve dos caminhoneiros criou um distúrbio no transporte brasileiro e desarticulou a economia brasileira", afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, as destacar o forte vaivém nas atividades.

Segundo o IBGE, em junho o destaque ficou para o segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com salto de 15,7 por cento sobre maio, quando houve retração de 10,6 por cento. Segundo Lobo, esses serviços representam cerca de um terço da pesquisa total.

O movimento dos caminhoneiros no final de maio abalou ainda mais a confiança de consumidores e empresários no país ao prejudicar o abastecimento, afetando a atividade econômica. As expectativas de analistas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano vêm recuando, agora em torno de 1,50 por cento depois de terem chegado a 3 por cento há poucos meses.

Os demais resultados positivos em junho vieram dos ramos de serviços de Informação e comunicação (+2,5 por cento), de Outros serviços (+3,9 por cento) e de Serviços profissionais, administrativos e complementares (+0,4 por cento).

Na outra ponta, os Serviços prestados às famílias recuaram 2,5 por cento e assinalaram a segunda taxa negativa seguida, acumulando perda de 3,8 por cento, segundo o IBGE.

Apesar do desempenho forte em junho, o setor de serviços fechou o segundo trimestre com queda de 0,3 por cento sobre o período anterior, segunda taxa negativa seguida. Entre janeiro e março, quando comparado com o quarto trimestre de 2017, a queda foi de 0,5 por cento.

© Reuters. Garçom de restaurante no Rio de Janeiro

"O cenário em vista não é de aumentos fortes, a tendência é devolução dessa alta acima da perda na série ajustada de julho", afirmou Lobo. "A conjuntura não é favorável, com eleições no horizonte que são motivo de incerteza. Julho vamos ter algum tipo de devolução (perda)", explicou ele, acrescentando que o setor de serviços estava operando no nível equivalente a 2012.

Em julho, a confiança do setor de serviços no Brasil subiu e interrompeu sequência de quatro meses seguidos de perdas, mas ainda não o suficiente para compensar a queda em junho. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas (FGV) chegou a 87,5 pontos, com alta de 0,8 ponto sobre junho, quando atingiu o menor nível em nove meses com impactos da greve dos caminhoneiros no final de maio, causando forte desabastecimento no país todo e desacelerando a economia.

Também em julho, outros indicadores de confiança mostraram alguma recuperação ou pararam de cair, após os efeitos mais pesados da greve dos caminhoneiros terem ficado para trás. O indicador do consumidor subiu e o da indústria, permaneceu estável.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.