Bangcoc, 21 abr (EFE).- Eleitores de seis sessões eleitorais da Tailândia voltaram neste domingo às urnas para repetir a votação do pleito geral do dia 24 de março, invalidado pela Comissão Eleitoral nesses locais por causa de irregularidades.
O órgão regulador ordenou a realização de outra votação após detectar que o número de eleitores que compareceram a essas sessões não correspondia ao de votos emitidos.
As eleições, as primeiras convocadas no país desde o golpe de Estado de 2014, foram para escolher os 500 deputados da Câmara Baixa do país.
A Comissão Eleitoral só divulgou os resultados preliminares da eleição dos deputados de distrito, 350, e prevê dar os resultados oficiais no dia 9 de maio, depois da coroação do rei Vajiralongkorn prevista entre 4 e 6 de maio.
O órgão - que evitou divulgar a distribuição dos outros 150 assentos por lista de partido, ao assegurar que ainda não decidiu que método de cálculo utilizará - recebeu várias críticas por causa de sua gestão do pleito e pedidos de demissão de seus membros.
Segundo os resultados preliminares divulgados, o partido mais votado foi o Palang Pracharat, que tem como candidato a primeiro-ministro o chefe da junta militar, o general golpista Prayut Chan-ocha.
Por outro lado, a legenda com mais cadeiras seria o partido opositor Puea Thai, cujo governo foi deposto no golpe de 2014, segundo diversos cálculos realizados com base nos resultados divulgados.
Este partido e outros cinco contrários à junta militar anunciaram depois do pleito um acordo para formar governo, ao assegurar que contam com 255 cadeiras que lhes dão maioria absoluta na Câmara Baixa.
Estes seriam insuficientes para garantir a eleição do primeiro-ministro, que será escolhido de uma votação conjunta entre os 500 deputados e os 250 membros do Senado, todos eles escolhidos a dedo pela junta militar e que, a princípio, apoiariam Prayut.