WASHINGTON - Donald Trump negou nesta sexta-feira qualquer irregularidade no manuseio de vídeos de segurança solicitados por investigadores federais, um dia depois de promotores acrescentarem novas acusações alegando que o ex-presidente norte-americano ordenou que funcionários de seu resort na Flórida excluíssem os vídeos.
Trump, favorito para a indicação presidencial republicana de 2024, disse em entrevista ao radialista conservador John Fredericks que acreditava que não era obrigado a entregar as fitas de segurança de seu resort em Mar-a-Lago, mas o fez mesmo assim.
"Eram fitas de segurança. Nós as entregamos a eles. ... Eu nem tenho certeza do que eles estão dizendo", afirmou.
O procurador especial dos EUA Jack Smith apresentou três novas acusações criminais contra Trump na quinta-feira, elevando o total para 40, e acusou um funcionário da manutenção do resort Mar-a-Lago de Trump, Carlos De Oliveira, de conspiração para obstruir a justiça, acusando-o de ajudar Trump a ocultar documentos.
Oliveira, de 56 anos, disse a outro funcionário do resort onde Trump mora que "o chefe" queria que os vídeos de segurança da propriedade na Flórida fossem apagados depois que o Departamento de Justiça os intimou.
Os promotores também acusaram Oliveira de mentir para o FBI durante uma entrevista voluntária, alegando falsamente que não tinha envolvimento na movimentação de caixas de documentos confidenciais em Mar-a-Lago.
O advogado de Oliveira não respondeu a um pedido de comentário da Reuters.
"Eles foram atrás de dois bons funcionários ontem, boas pessoas", disse Trump. "Eles estão tentando intimidar as pessoas para que saiam e inventem mentiras sobre mim. Porque eu não fiz nada de errado."
Trump também afirmou que não encerrará sua campanha presidencial de 2024 se for condenado e sentenciado pelas várias acusações contra ele.
(Reportagem de Kat Jackson e Doina Chiacu)