Washington, 9 nov (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou nesta sexta-feira de "desgraça" o atraso na apuração dos votos na corrida pelo Senado pela Flórida, cada vez mais apertada a favor do candidato democrata, o que tachou de "fraude" orquestrada pela oposição.
Em entrevista à imprensa antes de partir para Paris para participar do aniversário do armistício da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), Trump atacou a lenta apuração nos condados de Broward e Palm Beach, de tendência democrata, que puseram em dúvida o resultado final da batalha pelo Senado e pelo Governo da Flórida.
Os dois condados, que estão no seu terceiro dia de contagem de votos após as eleições legislativas de terça-feira e têm um histórico de processos controvertidos de apuração, ainda não deram uma estimativa da quantidade de cédulas que faltam ser contabilizadas.
Ao ser perguntado se o Governo federal interviria, Trump disse que "poderia haver" participação.
"Se olhar para o Condado de Broward, eles têm uma história horrível e se olhar para a pessoa, neste caso a mulher envolvida, ela tem uma história horrível", disse Trump, referindo-se a Brenda Snipes, supervisora eleitoral nesse território.
"De repente, estão encontrando votos do nada", afirmou Trump, afirmando que a vantagem do republicano Rick Scott, candidato ao Senado, caiu com cada lote de votos notificados por estes dois condados fortemente democratas.
Em um tuíte posterior já a bordo do Air Force One, Trump chamou Marc Elías - advogado contratado pelo democrata Bill Nelson, rival de Scott, para assessorá-lo no processo - de "melhor advogado de roubo de eleições" e afirmou que foi só depois que ele chegou que "milagrosamente começaram a ser encontrados votos democratas".
Em outra publicação através da rede social, o presidente pediu aos moradores da Flórida para não se preocupar: "Mandarei muitos melhores advogados para expor a FRAUDE!", disse Trump.
À medida que a apuração avança na Flórida, a margem entre Scott e Nelson caiu para menos de 0,5%, o que obriga por lei que todas as cédulas voltem a ser contadas para se certificar quem é o ganhador, uma situação similar ao sucedido entre o candidato republicano ao Governo, Ron DeSantis, e seu rival democrata, Andrew Gillum.