Investing.com - Preços do petróleo permaneciam estáveis nas negociações do início da manhã desta sexta-feira antes dos dados da contagem semanal de sondas de extração ativas nos EUA, que apresentaram redução na semana anterior, mas também com olhos bem atentos às tensões entre Irã e Arábia Saudita, importantes membros da Opep, no Oriente Médio.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, contratos futuros de petróleo bruto nos EUA com vencimento em dezembro recuavam 0,03% para US$ 57,15 às 09h54, ao passo que o petróleo Brent na Bolsa Intercontinental de Londres avançava 0,22% para US$ 64,07 o barril.
Durante a noite, os preços do petróleo fecharam em alta na quinta-feira em meio à agitação em curso no Oriente Médio enquanto o plano da Arábia Saudita para reduzir as exportações elevava os ânimos, sustentando expectativas de que importantes produtores de petróleo estenderão seu acordo para limitar a produção com o intuito de reequilibrar os mercados globais.
A Arábia Saudita planeja cortar em 120.000 barris por dia suas exportações em dezembro em comparação ao mês de novembro, reduzindo alocações para todas as regiões, conforme relatou a Reuters na quinta-feira, mencionando um porta-voz do ministro de energia.
As informações do plano saudita para reduzir exportações surgiram enquanto temores de instabilidade no Oriente Médio entre os investidores cresciam após a Arábia Saudita ordenar que seus cidadãos não viajassem ao Líbano e solicitar que a comunidade internacional impusesse novas sanções ao Irã.
As crescentes tensões entre Arábia Saudita e Irã ocorrem após o Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro do trono saudita, acusar o Irã de "agressão militar direta" ao fornecer mísseis aos rebeldes Houthi no Iêmen, um dos quais foi disparado contra Riad no Sábado.
Analistas da RBC afirmaram que o rali recente nos preços do petróleo é mais sustentável que os ralis anteriores, já que o risco geopolítico poderia exercer um papel cada vez maior de "movimentação de agulhas" conforme o excesso de oferta de petróleo continua a diminuir.
Os preços do petróleo continuavam no caminho de seu quinto aumento semanal seguido mesmo com um relatório mostrando que os estoques de petróleo bruto dos EUA tiveram aumento na semana passada.
Os ânimos otimistas se sustentavam por expectativas de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros produtores externos à organização, liderados pela Rússia, estenderão os cortes na produção na reunião de 30 de novembro até o final de 2018.
Ainda nesta sexta-feira, investidores observarão os mais recentes dados semanais sobre a produção de shale oil nos EUA na busca de sinais de que a atividade continua a ter redução.
A Baker Hughes, empresa prestadora de serviços a campos petrolíferos, informou na semana passada que o número de sondas de extração ativas nos EUA teve redução de oito e totalizou 729. Foi a quarta semana de redução em um período de cinco semanas.
A contagem semanal de sondas é um barômetro importante para a indústria de extração de petróleo e serve como uma referência para a produção de petróleo nos Estados Unidos.