SÃO PAULO (Reuters) - O varejo brasileiro teve alta de 0,7 por cento nas vendas em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado, descontada a inflação do período, mostrou o ICVA, índice da empresa de meios de pagamentos Cielo (SA:CIEL3), divulgado nesta quinta-feira.
Quando ajustado ao efeito calendário, o índice deflacionado mostrou alta de 1,5 por cento, o que representa uma desaceleração em relação ao dado de janeiro, quando subiu 1,9 por cento por essa métrica.
Em termos nominais, o ICVA subiu 2,1 por cento em fevereiro, sendo que ajustado ao efeito calendário a alta nominal foi de 3 por cento em relação ao mesmo mês do ano passado, mantendo patamar de cerca de 3 por cento registrado nos últimos três meses.
"Em fevereiro tivemos uma desaceleração em relação a janeiro, mas ainda com alta na comparação com fevereiro do ano passado", disse o diretor de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto, em nota.
A Cielo destacou que o crescimento em fevereiro, quando comparado com o mesmo período do ano passado, foi puxado pelo desempenho do grupo de bens não duráveis, com destaques positivos para os setores de supermercados e hipermercados, seguido por livrarias e papelarias.
Por outro lado, o grupo de serviços e bens duráveis e semiduráveis apresentou retração, com destaque para postos de gasolina, mantendo a tendência vista nos últimos meses.
Regionalmente, os destaques positivos ficaram para as regiões Norte, Nordeste e Sul, segundo o ICVA deflacionado com ajustes de calendário. Já a região Sudeste foi destaque negativo, apresentando retração em relação a fevereiro de 2017.
Pelo ICVA deflacionado sem ajustes de calendário, o varejo ampliado na região Norte subiu 4,8 por cento, enquanto nas regiões Sul e Nordeste as altas foram de 3,3 e 2,8 por cento, respectivamente. A região Centro-Oeste teve alta de 0,1 por cento, enquanto a Sudeste registrou queda de 0,5 por cento.
(Por Flavia Bohone)