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Vendas no varejo brasileiro surpreendem e sobem 0,6% em outubro

Publicado 16.12.2015, 11:09
© Reuters. Consumidores dentro de supermecado de São Paulo

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A comercialização dos supermercados e de vestuário avançou em outubro e o setor varejista iniciou o último trimestre de 2015 com alta inesperada das vendas em outubro, interrompendo oito meses seguidos de quedas.

As vendas no varejo registraram alta de 0,6 por cento em outubro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, primeiro resultado positivo desde a alta de 0,1 por cento vista em janeiro.

Entretanto, o resultado faz pouco para compensar as perdas acumuladas de 6,3 por cento nos oito meses anteriores.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve recuo de 5,6 por cento, sétima taxa negativa seguida nessa base de comparação e o pior resultado para o mês na série histórica iniciada em 2000.

As expectativas em pesquisa da Reuters eram de queda de 1,10 por cento na comparação mensal e de 8,75 por cento sobre um ano antes.

Cinco das oito atividades pesquisadas no varejo restrito apresentaram alta no volume de comercialização em outubro sobre o mês anterior.

As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor com maior peso na estrutura do comércio varejista, tiveram alta de 2,0 por cento no mês, enquanto as de tecidos, vestuário e calçados subiram 1,9 por cento.

O varejo ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção, apresentou queda de 0,1 por cento, pressionado principalmente pela queda de 2,9 por cento de material de construção.

Em meio a restrição de crédito, renda menor e inflação mais alta, o comércio varejista vem padecendo este ano ainda com a confiança dos consumidores em mínimas recordes.

© Reuters. Consumidores dentro de supermecado de São Paulo

No terceiro trimestre, o consumo das famílias recuou 1,5 por cento na comparação com período anterior, contribuindo para a contração de 1,7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no período.

(Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira)

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