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Vendas varejistas crescem bem acima do esperado em fevereiro com impulso de promoções

Publicado 13.04.2022, 09:06
© Reuters. Vendedora usa máscara e proteção facial em loja do Rio de Janeiro, RJ
01/09/2020
REUTERS/Ricardo Moraes

Por Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - As vendas no varejo brasileiro aumentaram pelo segundo mês seguido em fevereiro, e bem mais do que o esperado, dando seguimento à recuperação apesar da inflação elevada no país graças ao impulso de promoções.

Em fevereiro, as vendas varejistas subiram 1,1% em relação a janeiro, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O dado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,1%, e segue-se a uma alta de 2,1% em janeiro, leitura fortemente revisada para cima após taxa de 0,8% informada inicialmente.

Com isso, o setor está 1,2% acima do patamar pré-pandemia, e 4,9% abaixo do pico da série, de outubro de 2020.

“É um crescimento sobre um nível baixo. Novembro e dezembro de 2021 não foram tão bons como em anos anteriores e as empresas resolveram fazer promoções nesse começo de ano. São novas estratégias para estimular as vendas", explicou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve crescimento de 1,3%, ante uma previsão de perda de 1,1%.

Os resultados positivos do varejo se dão apesar da inflação elevada no país, que corrói a confiança e a renda do consumidor, e do desemprego ainda alto. Analistas alertam, no entanto, para riscos à frente.

"De toda forma, a alta da inflação e o aperto das condições monetárias e financeiras deverão impactar o setor e reverter a dinâmica atual para o restante do ano", avaliou Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Modal.

O desempenho do varejo soma-se ao crescimento de 0,7% da indústria em fevereiro depois de tropeço no início do ano. Por outro lado, o volume de serviços sofreu com a inflação e teve queda inesperada de 0,2% no mês.

LIVROS E VESTUÁRIO

Entre as oito atividades pesquisadas, seis apresentaram crescimento das vendas em fevereiro. A maior taxa foi de livros, jornais, revistas e papelaria, com alta de 42,8%, devido, segundo o IBGE, à retomada do mercado de livros didáticos depois de esse mercado ter sido afetado pelo ensino online e migração do material impresso para o meio digital.

Os maiores impactos, no entanto vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%), de acordo com o instituto.

"As promoções tiveram um peso relevante e significativo para o comércio nesse começo de ano. Os setores como móveis, tecidos, vestuário, produtos de uso doméstico tiveram esse tipo de estratégia de preços promocionais", disse Santos.

© Reuters. Vendedora usa máscara e proteção facial em loja do Rio de Janeiro, RJ
01/09/2020
REUTERS/Ricardo Moraes

Também tiveram alta em fevereiro outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,4%).

Por outro lado, recuaram as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,6%) depois de três altas seguidas, enquanto o setor de equipamentos e material para escritório informática e comunicação ficou estável.

O comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, apresentou ganho de 2,0% no volume de vendas, com a alta 5,2% dos veículos compensando a queda de 0,4% de material de construção.

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