👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Vendas no varejo do Brasil têm pior setembro em 18 anos e fecham 3º tri estagnadas

Publicado 13.11.2018, 10:12
© Reuters. Clientes fazem compras em supermercado do Rio de Janeiro
PETR4
-

Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - As vendas no varejo do Brasil recuaram mais do que o esperado e registraram o pior desempenho para setembro em 18 anos, devido às perdas em supermercados e combustíveis, indicando incertezas para os últimos meses de 2018 após encerrarem o terceiro trimestre com estagnação.

Em setembro, as vendas no varejo caíram 1,3 por cento em relação a agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Este foi o pior resultado para o mês na série histórica iniciada em 2000 e bem pior do que a expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,2 por cento.

Em relação ao mesmo mês de 2017, as vendas apresentaram ganho 0,1 por cento, também bem abaixo da projeção na pesquisa de alta de 1,6 por cento.

Ao encerrarem o terceiro trimestre com estabilidade sobre os três meses anteriores, as vendas do varejo mostram enfraquecimento ao longo do ano, após alta de 0,8 por cento no segundo trimestre e de 1 por cento nos primeiros três meses do ano.

Em setembro, seis das oito categorias pesquisadas mostraram queda nas vendas, sendo que a comercialização de combustíveis e lubrificantes caiu 2 por cento no mês na comparação com agosto, registrando também o pior resultado para setembro na série histórico.

Com forte peso no bolso dos consumidores, o setor de hiper e supermercados viu suas vendas contraírem 1,2 por cento em setembro, o pior resultado para o mês desde 2002.

O movimento, de acordo com o IBGE, se deu por conta do aumento dos preços --em setembro, a inflação de alimentos e bebidas foi de 0,10 por cento, após uma queda nos preços de 0,34 por cento em agosto. Já os preços dos combustíveis subiram em setembro 4,18 por cento, após queda de 1,86 por cento no período anterior.

"A inflação de combustíveis e hipermercados teve efeito negativo sobre as vendas. A alta dos combustíveis tem a ver com elevações promovidas pela Petrobras (SA:PETR4) e, no caso dos alimentos, houve alta na alimentação domiciliar", explicou a gerente da pesquisa do IBGE, Isabella Nunes.

As vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, tiveram recuo de 1,5 por cento no período, pressionadas principalmente pela queda de 1,7 por cento em material de construção na comparação com agosto.

© Reuters. Clientes fazem compras em supermercado do Rio de Janeiro

A atividade econômica brasileira vem apresentando um ritmo fraco, o que associado às incertezas ligadas às eleições presidenciais vinham contendo o consumo no país.

Tanto a confiança do comércio quanto do consumidor indicaram melhora em outubro, mas alto nível de desemprego e a informalidade ainda são fatores limitantes.

"Temos uma grande informalidade no Brasil, e isso afeta o poder de compra de consumo dos brasileiros. O mercado de trabalho tem sido um freio para o consumo", completou Isabella.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.