WASHINGTON (Reuters) - As vendas no varejo dos Estados Unidos subiram pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, com as famílias comprando uma variedade de mercadorias ao mesmo tempo em que reduziram as aquisições de veículos, sugerindo que a economia norte-americana manteve um crescimento em ritmo moderado no final de 2019.
Outros dados desta quinta-feira mostraram que o número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego caiu pela quinta vez consecutiva na semana passada, indicando que o mercado de trabalho permaneceu forte apesar da recente desaceleração no crescimento do emprego. Isso deve ajudar a sustentar os gastos do consumidor e a manter a maior expansão econômica dos EUA -- agora em seu 11° ano -- nos trilhos.
Na quarta-feira, o Federal Reserve descreveu a economia norte-americana como tendo continuado a se expandir modestamente nas últimas seis semanas de 2019. O banco central dos EUA sinalizou que pode manter a taxa de juros pelo menos até o final deste ano, depois de reduzir os custos de empréstimos três vezes em 2019.
O Departamento de Comércio dos EUA informou nesta quinta-feira que as vendas no varejo aumentaram 0,3% no mês passado. Os dados de novembro foram revisados para cima para mostrar que as vendas subiram 0,3% em vez da alta de 0,2% relatada anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas no varejo registrariam alta de 0,3% em dezembro. Em relação a dezembro do ano passado, as vendas no varejo aceleraram 5,8%.
Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação, as vendas varejistas subiram 0,5% no mês passado, após uma queda revisada para baixo de 0,1% em novembro.
O chamado núcleo das vendas no varejo correspondem mais estreitamente ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto. O núcleo das vendas já havia subido 0,1% em novembro.
Embora um relatório da semana passada tenha mostrado desaceleração no crescimento do emprego em dezembro e o aumento no ganho anual dos salários recuaram para menos de 3,0%, o mercado de trabalho permanece sólido. Em dado adicional nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA disse que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 10 mil, para 204 mil (dado ajustado sazonalmente) na semana encerrada em 11 de janeiro
Economistas consultados pela Reuters previam que as reivindicações aumentariam para 216 mil na última semana.
(Por Lucia Mutikani)