O Departamento de Comércio dos EUA confirmou hoje que o Vietnã manterá sua classificação como uma economia não de mercado (NME). Esta decisão é significativa, pois afeta o cálculo dos direitos antidumping dos EUA sobre as importações vietnamitas. A continuação desse status é um revés para o Vietnã, que vem buscando reconhecimento por suas reformas econômicas e uma mudança em sua classificação de mercado.
O Vietnã está listado entre um pequeno grupo de 12 economias que os EUA designam como não mercantis, incluindo grandes players como China e Rússia, bem como Coreia do Norte e Azerbaijão. A classificação tem implicações para as relações comerciais e a aplicação de direitos antidumping, que são tarifas impostas às importações estrangeiras que se acredita estarem com preços abaixo do valor justo de mercado.
Apesar dos esforços de Hanói para alterar seu status com base nas recentes mudanças econômicas, a declaração do Departamento de Comércio indicou que a metodologia existente para calcular os direitos antidumping sobre as importações vietnamitas não mudaria. Esta decisão está alinhada com as opiniões de certas indústrias dos EUA e representantes do Congresso que resistiram à reclassificação.
Eles argumentam que as reformas políticas do Vietnã não foram adequadamente refletidas na prática e que o país ainda funciona como uma economia planejada centralmente sob o Partido Comunista. Além disso, há preocupações de que o Vietnã sirva como uma base de fabricação alternativa para empresas chinesas que buscam evitar restrições comerciais dos EUA.
A questão do status de mercado do Vietnã tem sido complexa, principalmente porque os EUA buscam reforçar seu relacionamento com o Vietnã em meio à competição estratégica com a China. A decisão ocorre em um momento delicado, com a eleição dos EUA se aproximando em novembro e ambos os lados políticos defendendo os direitos dos trabalhadores.
A embaixada vietnamita em Washington não forneceu comentários sobre o anúncio do Departamento de Comércio. A situação ressalta o delicado equilíbrio entre o envolvimento diplomático e os interesses econômicos domésticos no contexto da política comercial dos EUA.
A Reuters contribuiu para este artigo.Essa notícia foi traduzida com a ajuda de inteligência artificial. Para mais informação, veja nossos Termos de Uso.