FRANKFURT (Reuters) - As empresas da zona do euro estão cada vez mais vulneráveis em meio a uma recessão causada pela pandemia, mas o apoio estatal, incluindo empréstimos do Banco Central Europeu (BCE), limitou os danos até agora, revelou um relatório do BCE nesta segunda-feira.
"As vulnerabilidades corporativas aumentaram para níveis vistos pela última vez no pico da crise da dívida pública da zona do euro, mas permanecem abaixo dos níveis alcançados após a crise financeira global", disse o BCE em artigo do relatório de estabilidade.
Tendo comprado mais de 20 bilhões de euros em dívida corporativa este ano em um esquema de compra de títulos de emergência, o BCE tem sido fundamental no fornecimento de financiamento para empresas.
Mas a nova desaceleração pode levar a rebaixamentos de ratings, o que pode dificultar a participação do BCE, já que ele só pode comprar dívida corporativa que possuam grau de investimento.
As questões ainda não resolvidas para as empresas são as vendas em queda, a lucratividade real e esperada mais baixa e um aumento na alavancagem e no endividamento, acrescentou o BCE.
"As garantias de empréstimos do governo e a moratória de falências impediram uma onda em grande escala de ... inadimplências, mas um número considerável de empresas poderia ser forçado a declarar falência se essas medidas forem suspensas muito cedo ou se as condições de empréstimos bancários se tornarem mais restritivas", disse o BCE.
(Por Balazs Koranyi)