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Zona do euro pode ter entrado em recessão e perspectivas são frágeis, dizem membros do BCE

Publicado 10.01.2024, 12:32
Atualizado 10.01.2024, 12:36
© Reuters. Bandeiras do Banco Central Europeu e da União Europeia em Frankfurt
14/09/2023 REUTERS/Wolfgang Rattay
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FRANKFURT (Reuters) - A zona do euro pode ter entrado em recessão no último trimestre e as perspectivas para o curto prazo continuam fracas, disseram os formuladores de políticas do Banco Central Europeu (BCE) nesta quarta-feira, ao reafirmarem a posição de política do banco.

O crescimento da zona do euro tem oscilado em torno de zero durante a maior parte de 2023 e apenas um leve aumento é visto este ano, ajudando a esfriar a inflação, que ultrapassou a meta do BCE durante anos e forçou os formuladores de políticas a aumentar as taxas de juros para níveis recordes no ano passado.

"Há evidências de que os indicadores de sentimento estão chegando ao fundo do poço, mas a perspectiva econômica de curto prazo continua fraca, em linha com nossas projeções", disse Isabel Schnabel, membro do conselho do BCE, na plataforma de mídia social X.

Seu colega, o vice-presidente Luis de Guindos, por sua vez, sugeriu que o bloco pode ter sofrido uma recessão no segundo semestre do ano passado e que os riscos para o crescimento futuro estavam inclinados para o lado negativo.

"Indicadores suaves apontam para uma contração econômica também em dezembro, confirmando a possibilidade de uma recessão técnica no segundo semestre de 2023 e perspectivas fracas para o curto prazo", disse de Guindos em Madri.

O BCE sinalizou uma política estável em janeiro e nenhum dos formuladores de políticas se desviou dessa mensagem, mesmo que Schnabel tenha parecido mirar nas apostas do mercado de cortes rápidos nas taxas de juros ainda este ano.

Os investidores precificaram pelo menos cinco cortes nas taxas de juros em 2024, com o primeiro movimento ocorrendo em março ou abril, um cronograma que vários formuladores de políticas consideraram excessivo, dadas as pressões persistentes sobre os preços.

Schnabel disse que as condições financeiras se afrouxaram mais rapidamente do que o projetado pelo BCE, em uma possível fonte de inflação, mas os preços da energia também foram mais fracos do que o previsto.

Tanto de Guindos quanto Schnabel repetiram que a política do BCE é "dependente dos dados", como o banco central fala para um período de incerteza em que uma orientação mais firme é desaconselhável, mas Schnabel argumentou que a política do BCE estava "no caminho certo" para levar a inflação de volta a 2% em 2025.

A inflação caiu rapidamente durante a maior parte de 2023, mas voltou a subir para 2,9% no mês passado, principalmente devido a fatores técnicos, e pode se manter nesse nível por algum tempo.

"Os efeitos positivos da base energética entrarão em ação e as medidas compensatórias relacionadas à energia deverão expirar, levando a um aumento transitório da inflação", disse de Guindos.

As projeções do BCE preveem que a inflação voltará à meta somente no próximo ano, mas vários analistas privados discordam e acham que o BCE está subestimando a desinflação, da mesma forma que não percebeu a inflação durante a alta.

(Reportagem de Balazs Koranyi e Francesco Canepa)

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