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Açúcar bruto sobe diante de preocupações com o La Niña; café cai

Publicado 11.10.2024, 19:42
Atualizado 11.10.2024, 19:45
© Reuters. Açúcar 16/12/2018 REUTERS/Emmanuel Foudrot
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NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de açúcar bruto fecharam em alta na ICE nesta sexta-feira, afastando-se da mínima em três semanas atingida esta semana, diante de maiores preocupações dos investidores com a possibilidade de o fenômeno climático La Niña prejudicar a safra do Brasil, o maior produtor.

AÇÚCAR

* O contrato março do açúcar bruto subiu 0,4%, para 22,24 centavos de dólar por libra-peso. O contrato, no entanto, registrou perda de 3,3% na semana.

* Há 60% de chance de que as condições climáticas do La Niña se manifestem entre setembro e novembro, e devem persistir até janeiro a março de 2025, disse um meteorologista do governo dos Estados Unidos.

* Os operadores disseram que o La Niña pode levar a condições de seca no Brasil, o que é preocupante, dados os baixos níveis de umidade do solo após a seca este ano.

* A produção de açúcar no Centro-Sul do Brasil caiu 16,2% na segunda metade de setembro versus um ano antes, informou a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). O número ficou ligeiramente abaixo das previsões do mercado.

* O USDA projetou nesta sexta-feira que os EUA terão uma produção recorde de açúcar.

* O contrato dezembro do açúcar branco subiu 0,5%, a 569,70 dólares a tonelada.

CAFÉ

* O dezembro do café arábica caiu 1,1%, a 2,5205 dólares por libra-peso. O contrato recuou 2% na semana, após outra perda de 4,3% na semana anterior.

* A maioria das regiões produtoras de café arábica no Brasil recebeu boas chuvas nos últimos dois dias, e mais precipitação é esperada para a próxima semana.

* O novembro do café robusta caiu 1,8%, a 4.828 dólares por tonelada. O contrato perdeu 5% na semana e 8% na semana anterior.

© Reuters. Açúcar 16/12/2018 REUTERS/Emmanuel Foudrot

* A consultoria Safras & Mercado disse que os produtores de robusta no Brasil têm em sua maioria deixado o mercado após as recentes quedas de preços. Também observou uma redução no interesse estrangeiro pelo robusta brasileiro.

* "Os diferenciais mais baixos em relação aos robustas da Ásia os tornaram mais competitivos em comparação com os grãos brasileiros", disse a consultoria.

(Reportagem de Maytaal Angel e Marcelo Teixeira)

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