MOSCOU (Reuters) - A região de Altai tornou-se nesta sexta-feira a quinta área russa a declarar estado de emergência neste mês devido a problemas nas colheitas causados por condições climáticas extremas, dizendo que o excesso de chuva havia encharcado o solo.
As regiões de Tomsk, Novosibirsk, Kemerovo e Krasnoyarsk declararam estado de emergência este mês, uma designação formal que permite aos agricultores solicitar indenizações e pagamentos de seguro.
Em 2023, a colheita combinada de grãos e leguminosas na região de Altai chegou a quase 5,0 milhões de toneladas.
Juntas, as cinco regiões afetadas foram responsáveis por cerca de 8,0% da colheita de grãos do ano passado na Rússia, o maior exportador de trigo do mundo.
"Depois de coletar informações detalhadas de produtores agrícolas, do Centro Hidrometeorológico e de outros especialistas, colegas do governo propuseram a introdução de um estado de emergência no território da região, associado à umidade excessiva do solo", disse Viktor Tomenko, o governador regional, em seu canal oficial do Telegram.
"Na reunião de hoje da comissão, foi tomada uma decisão (de introduzir um estado de emergência) -- os documentos necessários foram preparados", acrescentou.
Mais de uma dúzia de regiões russas produtoras de grãos foram atingidas por condições climáticas extremas, desde geadas no início da primavera até secas nos últimos meses. O mau tempo afetou uma área de mais de 1,1 milhão de hectares, segundo as autoridades.
Muitas regiões do sul, essenciais para a produção de grãos, estão sofrendo com a seca, o que pode levar a problemas de semeadura para a nova safra.
Apesar das perdas, a Rússia manteve sua previsão oficial de colheita de grãos em 132 milhões de toneladas métricas, uma queda de 10% em relação ao ano passado, e sua previsão de exportação em 60 milhões de toneladas.
(Reportagem de Olga Popova)