Por Gabriel Codas
Investing.com - Com a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de suspender por 90 dias a aplicação de reajustes aprovados para as tarifas de três distribuidoras de eletricidade de empresas da Energisa (SA:ENGI4) e da CPFL Energia (SA:CPFE3) que atendem Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo, os papéis da companhia são negociados com forte queda.
Com isso, as perdas são, respectivamente, de 0,84% a R$ 37,88 e de 1,03% a R$ 27,04 às 12h07. Enquanto o Ibovespa hoje opera em alta, com ganhos de 0,73% a 76.915 pontos.
A decisão, em reunião na noite de terça-feira, veio após solicitação das próprias elétricas, em meio a esperados impactos da pandemia de coronavírus sobre a renda da população e o setor de energia
Com isso, Energisa Mato Grosso do Sul, Energisa Mato Grosso e CPFL Paulista continuarão cobrando as tarifas atuais até 30 de junho de 2020.
Os reajustes, que resultarão em elevação média das contas para os consumidores de até quase 7%, serão aplicados após essa data, sendo que a diferença na receita das empresas devido ao adiamento será ajustada e considerada nos próximos processos de cálculo tarifário das distribuidoras.
As tarifas da CPFL teriam aumento médio para o consumidor de 6,05%, enquanto as da Energisa Mato Grosso do Sul subiriam 6,9% e as das Energisa Mato Grosso teriam alta de em média 2,47%.
A XP Investimentos acredita em uma reação negativa do setor de distribuição de energia na bolsa hoje em função das decisões de diferimento dos reajustes tarifários de ontem. Para os analistas, apesar de haver uma compensação para que o impacto das decisões seja Neutro do ponto de vista econômico, a medida pode acarretar uma aversão a risco pelo impacto sobre uma regulação normalmente considerada sólida, principalmente tendo em vista que tais processos são apenas reajustes, que incorporam índices de inflação e variações de custos de energia.