BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina registrou em 2018 um déficit fiscal primário equivalente a 2,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) informou nesta sexta-feira o ministro da Economia, Nicolás Dujovne, cumprindo assim a meta acertada com o Fundo Monetário Internacional (FMI), de 2,7 por cento do PIB.
O déficit primário do último ano, que exclui o pagamento de dívida, foi de 338,987 bilhões de pesos (8,992 bilhões de dólares), contra 404,142 bilhões de pesos no final de 2017, quando representou 3,8 por cento do PIB.
O déficit primário incluindo o gasto nos denominados "Programas de Investimento Prioritários", que o FMI exigiu que país incluísse no balanço primário, totalizou 374,250 bilhões de pesos, ante 378,000 bilhões como déficit acordado com o Fundo.
"O governo argentino assegura o desembolso de 11 bilhões de dólares em março, a metade dos desembolsos previstos para 2019 pelo FMI, garantindo assim o horizonte do programa financeiro", afirmou o Ministério da Fazenda em comunicado.
"É muito importante esse passo que demos porque assegura também a liquidez disponível para a Argentina neste ano que estamos começando", completou Dujovne a jornalistas.
A Argentina fechou um acordo com o FMI em 2018 para uma linha de crédito recorde de 56,3 bilhões de dólares para dar tranquilidade ao mercado após uma forte turbulência financeira que levou a uma desvalorização anual de 50,53 por cento do peso. <ARS=RASL>.
(Reportagem de Eliana Raszewski)