Por Hugh Bronstein e Richard Lough
BUENOS AIRES (Reuters) - O candidato conservador de oposição, Mauricio Macri, surpreendeu o partido governista da Argentina com uma votação inesperadamente forte na eleição presidencial de domingo e levou a disputa para o segundo turno a ser realizado no próximo mês, mostraram resultados preliminares.
Daniel Scioli, apoiado pela atual presidente de esquerda Cristina Kirchner, tinha uma grande vantagem nas pesquisas pré-eleitorais, mas os resultados de domingo revelaram que os dois principais candidatos estão em uma disputa bastante apertada e que será definida apenas no segundo turno.
Com informações de 96 por cento dos locais de votação, Scioli tinha 36,7 por cento dos votos, enquanto Macri somava 34,5 por cento.
"O que aconteceu hoje vai mudar a política neste país", disse Macri, prefeito de Buenos Aires defensor de políticas pró-mercado, a milhares de simpatizantes em festa dentro da sede de sua campanha.
Scioli poderia estender sua vantagem quando os últimos votos restantes forem contados, mas ainda era uma noite decepcionante para o candidato governista, que parece vulnerável para o segundo turno de 22 de novembro.
O resultado da eleição vai moldar a forma como a Argentina enfrentará seus problemas econômicos, incluindo a inflação alta, um banco central que funciona com baixo nível de dólares e um default da dívida soberana.