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(Reuters) - O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, disse nesta terça-feira que uma elevação na taxa Selic não está mais no cenário-base da autoridade monetária, ressaltando ser esperado que o próximo movimento da autarquia seja de corte de juros, embora não seja possível afirmar quando isso será feito.
Em evento promovido pela EuroFinance, em São Paulo, David afirmou que o nível de incerteza no ambiente é grande, o que não permite ao BC “baixar muito a guarda”, mas ponderou que dados econômicos estão convergindo para o cenário esperado pela autoridade monetária.
“A gente basicamente falou: ainda que o Banco Central não hesitará em aumentar os juros, se necessário for, hoje aumentar os juros não está mais no cenário-base do Banco Central, nem na distribuição”, disse. “Hoje o esperado, se formos bem-sucedidos, é que o próximo movimento seja de corte. A questão só é quando.”
Na tentativa de levar a inflação à meta de 3%, o BC tem mantido a Selic em 15% ao ano, maior patamar em 20 anos, sem dar indicações em suas comunicações oficiais sobre quando poderá cortar os juros.
No evento, David explicou que a autarquia havia interrompido o ciclo de alta nos juros para avaliar se o nível de 15% era suficiente para o cumprimento do objetivo, acrescentando que esse cenário evoluiu e que “agora já não é mais uma interrupção, agora acabou o ciclo de alta.”
(Por Bernardo Caram, em Brasília)
