Investing.com - Para o Banco Central, a inflação oficial deve fechar o ano abaixo do piso da meta, que é de 3,00%. No relatório trimestral de inflação, a autoridade monetária estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrará 2017 a 2,8% e não mais em 3,2% estimados anteriormente.
Caso a projeção se confirme, será a primeira vez que a meta vai ser descumprida por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: em 2001, 2002, 2003 e 2015. O regime de metas para a inflação foi criado em 1999. A meta é definida pelo Conselho Monetário Nacional e deve ser perseguida pelo BC, que usa como principal instrumento para atingir esse objetivo a taxa básica de juros, a Selic.
Para 2018, a projeção passou de 4,3% para 4,2%. A inflação projetada termina 2019 também em 4,2% e se reduz para 4,1% em 2020. Essa projeção é de um dos cenários previstos pelo BC, chamados de “projeção central”, elaborados considerando as estimativas do mercado para a taxa de juros e o câmbio.
A taxa básica de juros, a Selic, encerrou 2017 em 7% ao ano. A expectativa do mercado financeiro é de que essa taxa atinja um mínimo de 6,5% ao ano no início de 2018 e entre em trajetória de alta em dezembro do mesmo ano, atingindo 8% ao ano em abril de 2019 e mantendo-se nesse patamar até o final de 2021.
Mais cedo, o IBGE informo que o IPCA-15 de dezembro teve variação de 0,35%, mostrando leve avanço em relação aos 0,32% de novembro e fechando o ano com o acumulado de 2,98%, o que reforça a tendência de a inflação oficial fechar abaixo do piso de 3,00% ao ano.