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BC reduz compulsórios de bancos; medida pode ajudar a reduzir os juros do crédito

Publicado 20.12.2017, 06:39
© Reuters. BC reduz compulsórios de bancos; medida pode ajudar a reduzir os juros do crédito
BBDC4
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Arena do Pavini - O Banco Central do Brasil publicou hoje uma circular determinando a redução das alíquotas dos recolhimentos compulsórios sobre recursos à vista e a prazo. A alíquota do recolhimento sobre recursos à vista passa de 45% para 40% e a incidente sobre recursos a prazo, de 36% para 34%.

Segundo o BC, a medida corresponde à liberação de R$ 6,5 bilhões de recursos depositados, contribuindo para a redução estrutural do volume de depósitos compulsórios. Os compulsórios são a parcela que os bancos são obrigados a deixar depositada no Banco Central.

“A decisão segue as políticas de simplificação do recolhimento compulsório e de redução gradual da complexidade operacional existente, visando a reduzir custos de observância”, informou o BC.

A medida neutraliza, ainda, o efeito monetário previsto da entrada em vigor da redução do valor de referência de recolhimentos compulsórios a partir de 26 de dezembro, tendo pleno efeito a partir de 2 de janeiro, conforme a Circular nº 3.823, de 24 de janeiro de 2017.

Para Bradesco (SA:BBDC4), medida reduz spread e aumenta concorrência

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, falou sobre a esperada redução dos compulsórios na semana passada, durante almoço com a imprensa. Ele já esperava uma redução no nível dos empréstimos compulsórios por parte do Banco Central, como sinalizou o presidente do BC, Ilan Goldfajn, em discursos durante cerimônias realizadas naquela semana.

Trabuco lembra que esses depósitos feitos no BC, alguns com remuneração e outros sem, são os mais altos do mundo no Brasil por terem sido usados por muito tempo como política de enxugar a liquidez, impedir que os bancos usassem o dinheiro dos clientes para lucrar com a inflação e os juros altos pagos pelo governo ou mais recentemente para reduzir a oferta de crédito. “Mas isso era para um nível de juros de 15% ao ano, e hoje a Selic está em 7%, então não faz sentido um compulsório tão elevado”, diz Trabuco.

Alexandre Glüher, diretor de relações com investidores do Bradesco, acrescenta que a redução do compulsório teria o efeito de ajudar na redução do spread dos empréstimos e aumentaria a concorrência entre os bancos, mas não significa que o BC vá fazer essa redução agora. “O presidente do BC tem indicado que isso está no radar”, afirma. O Bradesco tinha no terceiro trimestre R$ 69 bilhões recolhidos no Banco Central a título de compulsório, para um total de depósitos de R$ 439 bilhões.

Por Arena do Pavini

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