Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a área de energia devem crescer mais de 40 por cento este ano ante 2016, para aproximadamente 13 bilhões de reais, disse o gerente da área de energia da instituição, Marcus Cardoso.
Segundo ele, grande parte desse incremento é puxado pelo setor de geração renovável, incluindo projetos eólicos, solar e biomassa.
De janeiro a setembro deste ano, o banco já liberou em financiamentos cerca de 9 bilhões de reais em projetos para o setor de energia, sendo que mais de 11 bilhões já foram aprovados até setembro.
O banco de fomento espera apoiar este ano 149 projetos de energia, ante 112 no ano passado.
O volume de liberações previsto para este ano deve voltar aos níveis de 2014, quando os desembolsos do banco foram ainda muito influenciados pelo gigante projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte.
"Em termos nominais, podemos dizer que estamos voltando a algo próximo de 2014, sendo que você teve entre 2012, 2013 e 2014 Belo Monte, que é de 20 bi...", disse o gerente do BNDES, durante evento no Rio de Janeiro.
As perspectivas para 2018 são positivas, segundo o gerente do banco, e dependem do tamanho e do perfil dos vencedores dos leilões A-4 e A-6, que serão realizados pelo governo em dezembro.
"A expectativa do banco vai depender do ritmo e do tamanho desse leilão e da velocidade que os empreendedores levam ao banco", disse ele.
Esta semana, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, anunciou que os empréstimos totais do BNDES este ano devem somar 77 bilhões de reais.[nL1N1NC0RX]
Se as previsões se confirmarem, a área de energia vai representar algo próximo de 20 por cento das liberações totais.
"Esse volume é importante porque são projetos que têm externalidade na economia e são fundamentais para garantir o fornecimento de energia... acho que esse volume também está em linha com o futuro do banco, que é focar mais em infraestrutura..."
Ainda esta semana, o banco pretende, de acordo com o gerente do BNDES, divulgar as condições de financiamento para os projetos vencedores dos leilões A-4 e A-6.