Cacau cai com tarifas e dados sobre empregos nos EUA

Publicado 04.08.2025, 17:39
Atualizado 04.08.2025, 17:40
© Reuters. FILE PHOTO: A pile of harvested cocoa pods at a farm in Assin Foso, Ghana, November 21, 2024. REUTERS/Francis Kokoroko/File Photo

NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de cacau na ICE caíram nesta segunda-feira, em meio a preocupações com os efeitos das tarifas comerciais do presidente Donald Trump e dados fracos sobre o emprego nos EUA.

Na semana passada, o governo Trump impôs uma série de tarifas sobre dezenas de parceiros comerciais, o que poderia aumentar os preços internos dos EUA e prejudicar a demanda por commodities.

CACAU

* Os futuros do cacau em Londres fecharam em baixa de 117 libras, ou 2,2%, a 5.267 libras por tonelada métrica, tendo atingido uma mínima de uma semana de 5.203.

* As ações da Barry Callebaut (SIX:BARN), a maior fabricante de chocolate do mundo, caíram 4%, com os analistas observando que a empresa está exposta a tarifas, uma vez que importa cacau para os EUA de países como Costa do Marfim, Gana e Brasil.

* O secretário de comércio dos EUA disse na semana passada que as commodities que não são cultivadas nos EUA poderiam ser isentas de tarifas se fossem fechados acordos com os países produtores, mas ainda há muitos pactos para serem concluídos.

* Na ausência de acordos, as tarifas de 15% serão aplicadas ao principal produtor, Costa do Marfim, 10% aos produtores nº 2 e nº 3, Gana e Equador, e 50% ao Brasil.

* Gana aumentou o preço fixo pago aos produtores de cacau em 4% para 2025/26, e disse que a meta de produção para a temporada é de 650.000 toneladas.

* Os futuros de Nova York caíram 1,6%, para US$8.102 a tonelada.

CAFÉ

* Os contratos futuros do café arábica fecharam em alta de 4,35 centavos, ou 1,5%, a US$2,8855 por libra-peso, recuperando-se depois de atingir seu nível mais baixo desde meados de novembro na sexta-feira.

* Os comerciantes observaram os comentários do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, de que ele ainda estava aberto a negociações comerciais com os EUA, e especularam se o fraco relatório de empregos dos EUA de sexta-feira pressionaria os EUA a retirar algumas de suas ameaças tarifárias.

* Os EUA são os maiores consumidores de café do mundo e importam cerca de um terço de seu café do Brasil, o maior produtor.

* A China aprovou 183 empresas brasileiras de café para abastecer o mercado chinês.

* O café robusta subiu 2,4%, para US$3.338 a tonelada.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto subiu 0,07 centavo, ou 0,4%, para 16,25 centavos de dólar por libra-peso.

* A Tereos, fabricante francesa de açúcar, disse que a redução da produção e dos volumes de vendas na Europa pode levar a uma recuperação dos preços ainda este ano.

* O açúcar branco subiu 0,8%, para $468,80 a tonelada.

* O Paquistão lançou uma nova licitação para a compra de 100.000 toneladas de açúcar branco refinado, disseram traders europeus.

(Reportagem de May Angel e Marcelo Teixeira)

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